quarta-feira, 23 de junho de 2010

A questão ambiental na América Latina e no Caribe


Queremos, aqui, aludir à capacidade que o indivíduo tem de reagir, passando da posição subalterna e passiva para ativo. Isto se dá à medida que ele vai compreendendo as condições concretas que interagem em sua vida. A questão ambiental é hoje paradigmática desta dupla face do ser humano, ora passivo e à mercê de processos até destrutivos, ora ativo, sujeito e desejoso de redirecionar a marcha em curso, com uma participação que seja responsável e respeitosa.

É certo que “as situações sociais em que se inserem os indivíduos e as coletividades são fundamentais no processo de elaboração ou desenvolvimento de sua consciência social” . Esta consciência inclui hoje não só o processo social, ou seja o padrão de relações entre os seres humanos, bem como inclui a forma com que a população utiliza os recursos da terra. Esta simbiose significa que tomamos consciência das interconexões entre nós mesmos e a natureza. Sua vulnerabilidade é nossa vulnerabilidade. Com isso, incorporamos o marco ecológico em nossa agenda, chegando a falar num sistema ecossocial, ou seja, que inclui sistemas naturais e sistemas humanos.

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

O que a espiritualidade tem a ver com as ciências humanas


No tocante à espiritualidade, encontramo-nos hoje numa encruzilhada entre visões herdadas do passado, aquelas do momento presente e outras em gestação.

Do passado, trazemos a cosmovisão do mundo repleto do divino, compondo uma ordem estabelecida, na qual cada elemento tinha o seu lugar. A espiritualidade respirava a onipresença de Deus, numa heteronomia ampla e difusa. Esta visão contribuiu para a edificação de uma ordem estabelecida marcada pela uniformidade e unanimidade, na qual padrões, papéis, ritos, costumes etc eram pré-estabelecidos. Porém, tal visão era vivida de maneira dualista, sendo a espiritualidade uma realidade separada do corpóreo e do material. O encontro dos seres humanos com Deus (spiritualitas, como já aparece no séc. V) vinha “talhado” pela dicotomia corpo e alma. Numa visão herdada dos gregos e dos próprios maniqueus, o corpo constituía-se numa prisão da alma. Portanto, a vida espiritual era uma constante busca de libertar-se da vida material, degradada, com um cuidado/suspeita constante das relações corporais, recaindo sobre a sexualidade uma visão fortemente pejorativa. Compreendemos, então, que se tenha cultivado uma visão preponderantemente negativa com relação ao humano, ao mundo, ao corpo, à matéria etc.

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crise ético-moral, hoje


Vivemos num “mundo” de perguntas, de incertezas. Ninguém tem segurança nas respostas a serem dadas. As mudanças são permanentes; o antigo e o tradicional já não servem para as novas gerações. O moderno se impõe. E, não raro, este também entra em crise; falamos, então, do pós-moderno. Seja qual for a “era”, o certo é que vivemos num vazio; fazemos a experiência do tédio, da ausência de sentido e de normas, de um individualismo narcisista e de um niilismo. O “mundo” é plural, policêntrico, planetário, ecumênico; temos a impressão de que ele escapa de nossas mãos.

A modernidade está, sem dúvidas, presente nos grandes desafios que hoje se apresentam nas áreas tanto da educação como da própria fé cristã. A preparação intelectual, espiritual e mesmo afetiva, não pode ignorar os 500 anos durante os quais a modernidade modificou o pensamento e a ação do ser humano. Busquemos, com este texto, entender o seu sentido, bem como identificar no seu tecido as ambigüidades de suas conquistas e de seus valores. Sentimos que é hora de recriar os referenciais que hoje possam orientar o nosso ser e o nosso agir, ou seja, tendo como eixo a alteridade, buscar construir o ser humano como ser sujeito, ser afetivo, ser espiritual. Eis o desafio maior, hoje!

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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sexualidade e realização humana: a proposta da Igreja Católica


A sexualidade é uma das maiores riquezas do ser humano; sua realização está intimamente ligada a ela. Vivê-la com equilíbrio e maturidade é hoje o grande desafio. As mudanças trazidas pela modernidade e pela pós-modernidade introduziram padrões e comportamentos que mudaram a forma de viver a sexualidade. A visão fragmentada da modernidade e as manifestações miniaturizadas da pós-modernidade tendem a reduzir o seu potencial e a banalizar o seu valor. A Igreja Católica, por sua vez, propõe uma visão integral do ser humano, na qual a sexualidade é parte integrante de todo o seu ser; capta a sua riqueza, sendo ela um bem; busca vivê-la no amor, no dom de si, buscando sempre o bem das pessoas e da sociedade. Assim, a sexualidade torna-se fonte de realização e de comunhão entre as pessoas e com o próprio Deus.

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terça-feira, 1 de junho de 2010

A CRISE ECOLÓGICA: O SER HUMANO EM QUESTÃO


Somos seres humanos vivendo majoritariamente nas cidades. Seres urbanos, sim, porém mal urbanizados. Sentimo-nos ainda forasteiros na cidade. O asfalto, as pedras, os edifícios, as casas nos morros, as lojas, os armazéns, os supermercados, as fábricas, os plásticos, os computadores vão tomando espaços há pouco inimagináveis e, com isso, distanciando o ser humano do convívio mais direto com a natureza. A vida agitada já não nos possibilita mais parar, respirar, contemplar numa união cósmica que enlaça a natureza toda. A própria poluição já embaça os horizontes, enfraquece a luz do sol, muito mais da lua e das estrelas. A degradação do meio ambiente atinge índices alarmantes, com ameaças diretas à qualidade da vida existente.

É certo que o modelo econômico atual agride fortemente a vida neste planeta. Desenvolvido na civilização ocidental, hoje invadindo os mais recônditos lugares da Terra, este modelo corrói não só o humano mas desfaz o equilíbrio vital que une a natureza toda. A busca desenfreada do lucro, capitalizado/acumulado, levou a uma sede voraz de posse sobre a limitada natureza, hoje com sinais de depredação comprometedores. E mais! O alarmante ritmo de extinção das espécies2 não é um fenômeno natural, nem espontâneo e muito menos autônomo. Sabemos do enorme impacto causado pela interferência do ser humano na criação. Em curto espaço de tempo, estamos rompendo o equilíbrio que custou bilhões de anos para se formar e poder acolher/abrigar a vida.

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