domingo, 31 de maio de 2015

SANTÍSSIMA TRINDADE: MISTÉRIO DO AMOR PRESENTE EM NOSSAS VIDAS

PAPA FRANCISCO:


"O Pai cria tudo, cria o mundo, Jesus nos salva e o Espírito Santo? Ele nos ama! E esta é a vida cristã: falar com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.

Pensemos nisso, todos: o Pai nos deu a vida, Jesus nos deu a salvação, nos acompanha, nos guia, nos sustenta, nos ensina e o Espírito Santo? O que o Espírito Santo nos dá? Ele nos ama! Nos dá amor. Pensemos em Deus assim e peçamos à Nossa Senhora, Maria, nossa Mãe, sempre apressada a nos ajudar, que nos ensine a compreender bem como Deus é: como é Pai, Filho e Espírito Santo. Assim seja".

Fonte: https://ideeanunciai.wordpress.com/tag/santissima-trindade/


PAPA BENTO:

"Celebramos hoje a festa da Santíssima Trindade: Deus Pai e Filho e Espírito Santo, Festa de Deus, do centro da nossa fé. Quando se pensa na Trindade, vem em mente o aspecto do mistério: são Três e são Um, um só Deus em três Pessoas. Na realidade, Deus não pode ser outro que um mistério para nós na sua grandeza e, todavia, Ele se revelou. Podemos conhecê-Lo no Seu Filho e, assim também, conhecer o Pai e o Espírito Santo.

A Liturgia de hoje, no entanto, leva nossa atenção não tanto sobre o mistério, mas sobre a realidade de amor que é contida neste primeiro e supremo mistério da nossa fé. O Pai, o Filho e o Espírito Santo como um, porque é amor e o amor é a força vivificante absoluta, a unidade criada do amor é reconhecimento; e o Espírito Santo é como o fruto deste amor recíproco entre o Pai e o Filho".


Fonte: 
Boletim da Santa Sé. In: https://presentepravoce.wordpress.com/2011/06/19/solenidade-da-santissima-trindade/  Posted on 
Oração
“Ó Deus de bondade, é verdadeiramente bom, é nosso dever e fonte de salvação louvar-vos e render-vos graças, sempre e em todo lugar, em nome da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Vosso amor para com a humanidade é imenso, pois enviastes vosso Filho para salvar a cada um de nós. Que este encontro nos ajude a viver as mesmas relações das pessoas da Trindade Santa: amor, solidariedade e convivência fraterna. Por Cristo, nosso Senhor”. (Liturgia Diária)

domingo, 24 de maio de 2015

HABITADOS PELO ESPÍRITO SANTO!

Fonte: AGOSTINI, Nilo. Introdução à Teologia Moral: O grande Sim de Deus à vida. 3ª edicão. Petrópolis: Vozes, 2011, p. 81-84.

            Em Cristo Jesus, o Espírito de Deus é a força de vida que brota da própria ressurreição; “a partir da Páscoa, ela ‘foi derramada sobre toda a carne’ a fim de fazer com que ela permaneça eternamente viva. No vento impetuoso do divino Espírito de vida tem início a primavera definitiva da criação, e os que desde já o experimentam percebem como a vida se torna novamente viva e digna de ser amada. O corpo doentio, frágil e mortal passa a ser o ‘templo do Espírito Santo’”[1]. São Paulo proclama que o “corpo é para o Senhor e o Senhor é para o corpo” (1Cor 6,13).

            Os cristãos sentem o Espírito Santo como realidade contínua, sempre presente. Antes mesmo do batismo, Ele faz-se presente, suscitando a graça da fé, na acolhida da Boa Nova. Pelo batismo “em nome de Jesus” (cf. At 2,38; 8,15.17, 9,17; 19,6; 1Cor 1,13; 6,11), lá está Ele, confirmando o dom da fé, fortalecendo-o, em vista do testemunho. E sob a ação do Espírito, os cristãos se reúnem em comunidade de fé. “Freqüentam com assiduidade a doutrina dos apóstolos, as reuniões em comum, o partir do pão e as orações” (At 2,42). Nada é mais realizado fora da ação do Espírito. “Os cristãos declaram que a vida nova na qual eles entraram é um efeito do Espírito, dado segundo a promessa do Cristo, que opera neles a salvação realizada nEle”[2]. Na verdade, o Espírito Santo nos incorpora a Cristo e nos faz participar de sua missão[3].

“No mistério da Encarnação, a obra do Espírito, ‘que dá a vida’, atinge o seu vértice... ‘O Verbo fez-se carne, (aquele Verbo no qual) estava a vida e a vida era a luz dos homens... A quantos o receberam deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (cf. Jo 1,14.4.12s)... ‘Filhos de Deus’ são, com efeito – como ensina o Apóstolo – ‘todos aqueles que são movidos pelo Espírito de Deus’ (cf. Rm 8,14)... Esta filiação divina, enxertada na alma humana com a graça santificante, é obra do Espírito Santo”[4].

“O próprio Espírito atesta ao nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, somos igualmente herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo” (Rm 8,16s).

A criação inteira acaba sentindo-se habitada pela dádiva desta vida nova. “Se enviais o vosso Espírito, serão criados e renovais a face da Terra” (cf. Sl 104 [103],30). Sob múltiplas formas, o Espírito habita o ser humano e se expande em toda a criação com esta  vida, renovando-a pelo mistério da Encarnação. E, numa visão cósmico-teológica, a criação “aguarda ansiosamente a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8,19), daqueles que Deus “predestinou para serem conformes à imagem do seu Filho” (Rm 8,29), mediante o qual “se tornam participantes da natureza divina” (cf. 2Pd 1,4).
           A criação inteira acaba sentindo-se habitada pela dádiva desta vida nova. “Se enviais o vosso Espírito, serão criados e renovais a face da Terra” (cf. Sl 104 [103],30). Sob múltiplas formas, o Espírito habita o ser humano e se expande em toda a criação com esta

“Deste modo, a vida humana é impregnada pela participação na vida divina e adquire também ela uma dimensão divina, sobrenatural. Tem-se, assim, a vida nova, pela qual, como participantes do mistério da Encarnação, ‘os homens... têm acesso ao Pai no Espírito Santo’... A graça, portanto, comporta um caráter cristológico e, conjuntamente, um caráter pneumatológico, que se realiza sobretudo naqueles que expressamente aderem a Cristo”[5].

            No entanto, sabemos igualmente que o Espírito “sopra onde quer” (cf. Jo 3,8) e age para além dos limites da própria Igreja, como nos recorda o Concílio Vaticano II. Ao ocupar-se do tema da Igreja, afirma-nos o Concílio que a ação do Espírito Santo dá-se também “fora” do corpo visível da Igreja, precisamente em “todos os homens de boa vontade, no coração dos quais invisivelmente age a graça. Na verdade, se Cristo morreu por todos e a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, a divina, nós devemos manter que o Espírito Santo oferece a todos, de um modo que só Deus conhece, a possibilidade de serem associados ao mistério pascal”[6].

            Habitados pelo Espírito, somos chamados a crescer no conhecimento efetivo e na plena realização da verdade. Neste caminho, Deus torna-se não só próximo ao ser humano, mas íntimo; por obra do Espírito Santo, penetra o mais íntimo de sua vida, transformando-a desde dentro, a partir do mais profundo dos corações e das consciências.

“Neste caminho, o mundo, participante do Dom divino, torna-se – como ensina o Concílio – ‘cada vez mais humano, cada vez mais profundamente humano’[7], ao mesmo tempo que nele vai amadurecendo, através dos corações e das consciências dos homens, o Reino no qual Deus será definitivamente ‘tudo em todos’ (cf. 1Cor 15,28), como Dom e como Amor. Dom e Amor: é esta a eterna potência do abrir-se de Deus uno e trino ao homem e ao mundo, no Espírito Santo”[8].




[1] MOLTMANN, Jürgen, O Espírito da Vida: Uma pneumatologia integral, Petrópolis, Editora Vozes, 1999, p. 88.
[2] WATTIAUX, Henri, Engagement de Dieu et fidélité du chrétien: Perspectives pour une théologie morale fundamentale, col. Lex Spiritus Vitae n° 3, Louvain-la-Neuve, Université Catholique/Centre Cerfaux – Lefort, 1979, p. 151.
[3] Cf. LÉONARD, André, Le fondement de la morale: Essai d´éthique philosophique générale, Paris, Les Éditions du Cerf, 1991, p. 361.
[4] JOÃO PAULO II, Carta encíclica  Dominum et Vivificantem, 6ª edição, São Paulo, Edições Paulinas, 2000, n° 52, p. 86-87.
[5] Ibidem, n° 52, 43, p. 87-89.
[6] Constituição Pastoral Gaudium et Spes, n° 22, in VIER, Frederico (coord.), op. cit., p. 166; cf. Constituição Dogmática Lumen Gentium, n° 16, in VIER, Frederico (coord.), op. cit., p. 57; cf. JOÃO PAULO II, op. cit., n° 53, p. 89.
[7] Constituição Pastoral Gaudium et Spes, n° 24, 25, in VIER, Frederico (coord.), op. cit., p. 167-168.
[8] JOÃO PAULO II, op. cit., n° 59, p. 102.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Papa Francisco adverte na Audiência Geral: "O mundo precisa de unidade e reconciliação. O cristão morda sua língua antes de difamar"

Mais de 80 mil fiéis lotaram a Praça São Pedro na manhã desta quarta-feira, 25 de setembro, para a Audiência Geral com o Papa Francisco. Em sua catequese, o Pontífice falou da Igreja “una”, como confessamos no Credo. “Se olharmos para a Igreja Católica no mundo descobrimos que ela compreende quase 3.000 dioceses espalhadas em todos os continentes. Mesmo assim, milhares de comunidades católicas formam uma unidade – unidade na fé, na esperança, na caridade, nos Sacramentos e no Ministério”.
O Santo Padre ensinou que onde quer que esteja, “mesmo na menor paróquia no ângulo mais remoto desta Terra, há uma única Igreja; nós estamos em casa, somos uma família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os asiáticos, uma para quem vive na Oceania, mas é a mesma em todos os lugares.”
Como exemplo dessa unidade, o Papa então citou a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro: “Naquela multidão sem fim de jovens na praia de Copacabana, ouviam-se falar tantas línguas, se viam tantos rostos com traços diferentes, e mesmo assim havia uma profunda unidade, se formava uma única Igreja”.
Francisco propôs um questionamento aos fiéis, se todos sentem e vivem esta unidade ou se privatizam a Igreja a um grupo, a uma nação ou a amigos. “Quando ouço falar de cristãos que sofrem no mundo, fico indiferente ou sinto-o como se sofresse um da minha família? É importante olhar para fora do próprio recinto, sentir-se Igreja, única família de Deus!”
Às vezes, constatou o Pontífice, surgem incompreensões, conflitos, tensões, divisões que ferem a Igreja. “Somos nós a criar dilacerações! E se olharmos para as divisões que ainda existem entre cristãos, católicos, ortodoxos, protestantes... sentimos a fadiga de tornar plenamente visível esta unidade. É preciso buscar, construir a comunhão, educar-nos à comunhão, a superar incompreensões e divisões, começando pela família, pelas realidades eclesiais, no diálogo ecumênico. O nosso mundo necessita de unidade, de reconciliação, de comunhão e a Igreja é Casa de comunhão. Antes de fazer intrigas, um cristão deve morder a própria língua.”
Papa Francisco, o motor da unidade da Igreja é o Espírito Santo, que faz a harmonia na diversidade. “Por isso é importante rezar”, concluiu Francisco: “Peçamos ao Senhor que nos faça cada vez mais unidos e jamais nos deixe ser instrumentos de divisão. Como diz uma bela oração franciscana, que levemos amor onde há ódio, o perdão onde há ofensa, união onde há discórdia”.

Fonte: http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/internacional/12871-papa-francisco-adverte-na-audiencia-geral-qo-mundo-precisa-de-unidade-e-reconciliacao-o-cristao-morda-sua-lingua-antes-de-difamarq 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

FÉ E CIÊNCIA: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

Frei Nilo Agostini, ofm

Veja o texto completo em:
 www2.pucpr.br/reol/index.php/pistis?dd99=pdf&dd1=7680 

            À medida que a modernidade ganhou estatura através das quatro revoluções (cultural, científica, política e industrial), propagou-se a ideia de que a Igreja sempre se posicionara de forma contrária à ciência ou de que a Igreja nunca apoiara os avanços científicos. Alardearam-se casos tradicionais da história (Giordano Bruno, Galileu) para acirrar ou criar uma falsa guerra entre ciência e religião (cf. BRUNO; GALILEI, 1973). Hoje, o desafio é o de vencer o entrincheiramento da ciência e da religião, uma com o cientificismo e a outra com o fundamentalismo. Um diálogo, além das trincheiras, será benéfico para todos.

O Papa Bento XVI disse aos estudantes católicos ingleses por ocasião de sua visita a Inglaterra em setembro de 2010:

"O mundo necessita de bons cientistas, mas uma perspectiva científica torna-se perigosa se ignora a dimensão religiosa e ética da vida, da mesma maneira que a religião se converte em limitada se rejeita a legítima contribuição da ciência em nossa compreensão do mundo”[1]

            Difundiu-se muito a ideia de que o homem é o único padrão ou a única referência para si mesmo, elegendo a racionalidade científica como o único caminho para um mundo perfeito. Bastaria acionar a sua vontade “ilustrada” e ele dominaria a natureza, submeteria as forças hostis e construiria um mundo melhor. O progresso seria infinito num contexto social de mobilidade e mudanças contínuas. Sabemos, no entanto, que uma série crise deste modelo sacudiu o século XX e criou uma nova situação, chamada de “pós-modernidade”, um cenário de medo, incerteza e desconfiança ante as pretensões da razão humana inscrita na modernidade. Assim descreveu João Paulo II, na Fides et Ratio (1998, n. 91), este cenário pós-moderno:

“As correntes de pensamento que fazem referência à pós-modernidade merecem adequada atenção. Segundo algumas delas, de fato, o tempo das certezas teria irremediavelmente passado, o homem deveria finalmente aprender a viver num horizonte de ausência total de sentido, sob o signo do provisório e do efémero. Muitos autores, na sua crítica demolidora de toda a certeza e ignorando as devidas distinções, contestam inclusivamente as certezas da fé”.

            Mesmo em meio a este contexto, a postura da Igreja Católica diante das ciências é de apreço e entendimento. Vejamos o que nos diz o Concílio Vaticano II (GS n. 44, apud KLOPPENBURG, 1991, p. 192):

“A experiência dos séculos passados, o progresso das ciências, os tesouros escondidos nas várias formas da cultura humana, pelos quais a natureza do próprio homem se manifesta mais plenamente e se abrem novos caminhos para a verdade, são úteis também à Igreja”.

            O mesmo Concílio defende a justa autonomia das realidades terrestres, afastando qualquer temor neste campo. Dedica, para isso, uma atenção especial com as seguintes palavras:

“Se por autonomia das realidades terrestres entendemos que as coisas criadas e as mesmas sociedades gozam de leis e valores próprios, a serem conhecidos, usados e ordenados gradativamente pelo homem, é necessário absolutamente exigi-la. Isto não é só reivindicado pelos homens de nosso tempo, mas está também de acordo com a vontade do Criador. Pela própria condição da criação, todas as coisas são dotadas de fundamento próprio, verdade, bondade, leis e ordem específicas. O homem deve respeitar tudo isto, reconhecendo os métodos próprios de cada ciência e arte. Portanto, se a pesquisa metódica, em todas as ciências, proceder de maneira verdadeiramente científica e segundo as leis morais, na realidade nunca será oposta à fé: tanto as realidades profanas quanto as da fé originam-se do mesmo Deus. Mais ainda: Aquele que tenta perscrutar com humildade e perseverança os segredos das coisas, ainda que disto não tome consciência, é como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todas as coisas, fazendo que elas sejam o que são...” (CONCÍLIO VATICANO II. GS, n. 36, apud KLOPPENBURG, 1991, p. 179).

            Em 1936, Pio XI refundou a Pontifícia Academia das Ciências. Na ocasião, escreveu o Papa: “A ciência, quando é verdadeiro conhecimento do real, não contrasta nunca com as verdades da fé cristã” (PIO XI, 1936, p. 421). Paulo VI, mais tarde, sublinha a necessidade da dimensão moral para o progresso da ciência. João Paulo II, demonstrando grande interesse pelo papel da ciência no mundo moderno e pela relação entre fé e ciência, traça uma ponte que deve unir ao mesmo tempo ética e epistemologia, antropologia e metafísica, sempre a partir da própria experiência do homem e da sociedade (cf. STRUMIA , 2003). João Paulo II deixou bem claro o seguinte:

“A finalidade principal da ciência é a busca da verdade [...], uma busca que deve ser livre diante dos poderes políticos e econômicos; a verdade científica, portanto, é como qualquer outra verdade, devedora somente a si mesma e à suprema Verdade que é Deus criador do homem e de todas as coisas” (Apud RATZINGER/BENTO XVI, 2010, p. 23-24).

            O Papa Bento XVI propõe, por sua vez, uma renovada relação entre fé e ciência, uma relação de autonomia e distinção. Lembra, no entanto, que “distinção não significa separação ou estranhamento, significa que a distinção entre os campos do saber não é entendida como oposição” (RATZINGER/BENTO XVI, 2010, p. 50-51). Existem pontos de encontro entre ambas. Tanto uma como a outra colaboram para o conhecimento, quer por meio das capacidades racionais quer por meio do crer a uma fonte que na fé cristã é o Deus Revelador e Comunicador. Existe uma contribuição que uma confere à outra e vice-versa. Para isso, Bento XVI (2010, 54) cita o Papa João Paulo II: “A ciência pode purificar a religião do erro e da superstição, a religião pode purificar a ciência da idolatria e dos falsos absolutos”. Deve haver sempre um cuidado para não cair em reducionismos. “Todo reducionismo epistemológico acaba num reducionismo antropológico”, lembra Bento XVI (2010, p. 55).

            É indispensável travar um diálogo entre ciência e fé, entre ciência e religião além das trincheiras (cf. AGOSTINI, 2010, p. 146-147). “Quando seus dados são bem compreendidos, longe de se opor, elas se completam harmoniosamente” (POUPARD, 1982, p.11)[2]. Cabe assumir sempre o princípio de humanidade (cf. GUILLEBAUD, 2008), numa defesa da vida que, para os cristãos, está no centro da mensagem do próprio Evangelho.




[2] Veja também sobre este assunto: DOUCET, Louis. La foi affrontée aux découvertes scientifiques. Lyon: Chronique Sociale, 1987; VÁRIOS AUTORES. I cristiani nell’epoca tecnológica. Leumann (Torino): Elle Di Ci, 1986.