segunda-feira, 28 de setembro de 2015

PAPA FRANCISCO FALA SOBRE AMOR, VERDADE E BELEZA EM HOMILIA NO ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS NA FILADÉLFIA

Um testemunho verdadeiro nos leva a Deus, porque Deus é beleza e verdade. Um testemunho dado para servir é muito bom, nos torna bons, porque Deus é bondade. Tudo o que é bom, nos leva a Deus. Beleza, bondade e verdade nos levam a Deus.
Muito obrigado a todos aqueles que nos deram a mensagem e a presença de todos vocês também dão testemunho de que vale a pena a vida em família, de que uma sociedade cresce forte, boa, formosa e verdadeira se é edificada sobre a base da família. Uma vez, uma criança me perguntou (vocês sabem que as crianças fazem perguntas difíceis): ‘ O que fazia Deus antes de criar o mundo?’ Asseguro-lhes que foi muito difícil responder, mas eu disse: ‘Antes de criar o mundo, Deus amava, porque Deus é amor.’
Era tão grande o amor que tinha entre o Pai, Filho e Espírito Santo que transbordava e não sei se é muito teológico, mas quero que saibam, era tão grande que não podia ser egoísta, tinha que sair de Si mesmo para ter alguém para amar fora Dele e aí Deus criou o mundo e fez essa maravilha que nós vivemos. Estamos destruindo o que fez Deus, diz a bíblia, que é a família. Deus criou o homem e a mulher, deu tudo a eles. Entregou o mundo, e disse que crescessem, multiplicassem, cultivassem a terra. Fizessem crescer todo o amor que colocou nessa criação maravilhosa, que entregou a uma família.
Vamos voltar um pouquinho, toda a beleza, verdade que tem em Si, Deus entregou à família e uma família é, verdadeiramente, família quando é capaz de abrir os braços e receber todo esse amor. Por isso que o paraíso não está aqui, a vida tem seus problemas. Os homens, pela astúcia do demônio, aprenderam a dividir-se e todo esse amor que Deus derramou quase se perde. O primeiro crime, primeiro fratricídio, um irmão matou o outro, afetando o amor, beleza e verdade de Deus. Brigas, posições diferentes, estão nos caminhamos de hoje. Toca a nós decidir o caminho a seguir.
Mas, vamos voltar, quando o homem e sua esposa erraram, se distanciaram de Deus. Deus não os deixou sozinhos, tamanho é o amor pela humanidade. Ele começou a caminhar com seu povo até chegar o momento em que mandou Seu filho e foi mandado não a um palácio, mas a uma família. Deus entrou no mundo através de uma família. Essa família tinha o coração aberto, tinha as portas abertas.
Vamos pensar em Maria, ela não podia acreditar: ‘Como pode isso acontecer?’ E quando explicaram, ela aceitou. Pensem em José, ele também não entende, mas aceita, obedece. E na obediência dessa mulher e desse homem há uma família através da qual Deus sempre bate às portas do coração. Ele gosta de fazer isso, sair de dentro. Mas, o que mais gosta é bater às portas da família e encontrá-la unida, da família que faz seus filhos crescerem, e que criam uma sociedade cheia de bondade, verdade e beleza.
Estamos na festa da família, a família tem carta de cidadania divina. A carta que tem a família foi Deus quem deu para que, no seu seio, crescesse cada vez mais a verdade, a beleza e o amor. Alguns de vocês poderiam dizer: ‘Padre, o senhor fala assim porque é solteiro e a família está em dificuldades. Na família nós discutimos; nas famílias, às vezes, voam uns pratos; os filhos dão dor de cabeça!’
Na família sempre tem cruzes, mas o amor de Deus vem sempre à luz, o amor de Deus nos abre o caminho. Depois da cruz tem a ressurreição, porque o filho de Deus nos abriu esse caminho, por isso a família é uma fábrica de esperança, esperança de viver a ressurreição. Foi Deus quem abriu esse caminho. Os filhos dão trabalho, às vezes, em casa, os colaboradores vêm trabalhar com orelhas, porque eles têm bebês de poucos meses e eu pergunto: ‘Você não dormiu?’.
Na família há dificuldades, porém essas dificuldades se superam com amor e o ódio não supera nenhuma dificuldade. A divisão dos corações não supera nenhuma dificuldade, somente o amor é capaz de recuperar. O amor é festa, é alegria, é seguir avante.
Eu gostaria de destacar dois pontos da família e sobre os quais gostaria que tivessem um especial cuidado, as crianças e os avós.
As crianças são o futuro, a força para ir para frente, são neles que colocamos as esperança e os avós são a memória da família, são os que nos recordam e que nos transmitem a fé. Cuidar dos avós e cuidar das crianças é a demonstração de amor, não sei se maior, mas poderia dizer, mais promissora da família, porque promete o futuro. Um povo que não sabe cuidar das crianças e não sabe cuidar dos seus avós é um povo sem futuro, porque não tem a força e a memória que nos leva para frente.
A família é maravilhosa, mas o problema é que a família, às vezes, tem inimizades, brigas com a mulher, os filhos com o pai. Vou dar um conselho, nunca terminem o dia sem fazer a paz, em uma família não se pode terminar o dia em guerra!
Que Deus os abençoe e dê força, os anime a seguir avante. Vamos viver a família, defender a família, porque ali está nosso futuro e rezem por mim!
Transcrição e adaptação: Míriam Bernardes
Fonte: http://papa.cancaonova.com/discurso-do-papa-francisco-na-festa-das-familias-na-filadelfia/ 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O DISCURSO DO PAPA FRANCISCO NA ONU EM SEIS PREOCUPAÇÕES

Fonte: http://rr.sapo.pt/noticia/35162/o_discurso_do_papa_na_onu_em_seis_preocupacoes
Dia 25 de setembro de 2015
Reforma do Conselho de Segurança e organismos financeiros internacionais
“Há constante necessidade de reforma e adaptação aos tempos, avançando rumo ao objectivo final que é conceder a todos os países, sem excepção, uma participação e uma incidência reais e equitativas nas decisões.”
“Esta necessidade duma maior equidade é especialmente verdadeira nos órgãos com capacidade executiva real, como o Conselho de Segurança, os organismos financeiros e os grupos ou mecanismos criados especificamente para enfrentar as crises económicas.”
“Isto ajudará a limitar qualquer espécie de abuso ou usura especialmente sobre países em vias de desenvolvimento.”
“Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países, evitando uma sujeição sufocante desses países a sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência.”
“Convém recordar que a limitação do poder é uma ideia implícita no conceito de direito. Dar a cada um o que lhe é devido, segundo a definição clássica de justiça, significa que nenhum indivíduo ou grupo humano se pode considerar omnipotente, autorizado a pisar a dignidade e os direitos dos outros indivíduos ou dos grupos sociais. A efectiva distribuição do poder (político, económico, militar, tecnológico, etc.) entre uma pluralidade de sujeitos e a criação dum sistema jurídico de regulação das reivindicações e dos interesses realiza a limitação do poder.”
Exclusão social
“O mundo pede vivamente a todos os governantes uma vontade efectiva, prática, constante, feita de passos concretos e medidas imediatas, para preservar e melhorar o ambiente natural e superar o mais rapidamente possível o fenómeno da exclusão social e económica, com suas tristes consequências de tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo e criminalidade internacional organizada.”
“Tal é a magnitude destas situações e o número de vidas inocentes envolvidas que devemos evitar qualquer tentação de cair num nominalismo declamatório com efeito tranquilizador sobre as consciências. Devemos ter cuidado com as nossas instituições para que sejam realmente eficazes na luta contra estes flagelos.”
Desenvolvimento
“Para que estes homens e mulheres concretos possam subtrair-se à pobreza extrema, é preciso permitir-lhes que sejam actores dignos do seu próprio destino. O desenvolvimento humano integral e o pleno exercício da dignidade humana não podem ser impostos; devem ser construídos e realizados por cada um, por cada família, em comunhão com os outros seres humanos.”
“Isto supõe e exige o direito à educação – mesmo para as meninas (excluídas em alguns lugares) –, que é assegurado antes de mais nada respeitando e reforçando o direito primário das famílias a educar e o direito das Igrejas e de agregações sociais a apoiar e colaborar com as famílias na educação das suas filhas e dos seus filhos. A educação, assim entendida, é a base para a realização da ‘Agenda 2030’ e para a recuperação do ambiente.”
“Ao mesmo tempo, os governantes devem fazer o máximo possível por que todos possam dispor da base mínima material e espiritual para tornar efectiva a sua dignidade e para formar e manter uma família, que é a célula primária de qualquer desenvolvimento social. A nível material, este mínimo absoluto tem três nomes: casa, trabalho e terra. E, a nível espiritual, um nome: liberdade do espírito, que inclui a liberdade religiosa, o direito à educação e os outros direitos civis.”
“Ao mesmo tempo, estes pilares do desenvolvimento humano integral têm um fundamento comum, que é o direito à vida, e, em sentido ainda mais amplo, aquilo a que poderemos chamar o direito à existência da própria natureza humana.”
Ambiente
“É preciso afirmar a existência dum verdadeiro «direito do ambiente», por duas razões. Em primeiro lugar, porque como seres humanos fazemos parte do ambiente. Vivemos em comunhão com ele, porque o próprio ambiente comporta limites éticos que a acção humana deve reconhecer e respeitar. (…) Por conseguinte, qualquer dano ao meio ambiente é um dano à humanidade. Em segundo lugar, porque cada uma das criaturas, especialmente seres vivos, possui em si mesma um valor de existência, de vida, de beleza e de interdependência com outras criaturas.”
“A exclusão económica e social é uma negação total da fraternidade humana e um atentado gravíssimo aos direitos humanos e ao ambiente. Os mais pobres são aqueles que mais sofrem esses ataques por um triplo e grave motivo: são descartados pela sociedade, ao mesmo tempo são obrigados a viver de desperdícios, e devem sofrer injustamente as consequências do abuso do ambiente. Estes fenómenos constituem, hoje, a «cultura do descarte» tão difundida e inconscientemente consolidada.”
“A crise ecológica, juntamente com a destruição de grande parte da biodiversidade, pode pôr em perigo a própria existência da espécie humana.”
“A defesa do ambiente e a luta contra a exclusão exigem o reconhecimento duma lei moral inscrita na própria natureza humana, que inclui a distinção natural entre homem e mulher e o respeito absoluto da vida em todas as suas fases e dimensões.”
Mediação de conflitos
“É preciso garantir o domínio incontrastado do direito e o recurso incansável às negociações, aos mediadores e à arbitragem, como é proposto pela Carta das Nações Unidas, verdadeira norma jurídica fundamental.”
“Quando, pelo contrário, se confunde a norma com um simples instrumento que se usa quando resulta favorável e se contorna quando não o é, abre-se uma verdadeira caixa de Pandora com forças incontroláveis, que prejudicam seriamente as populações inermes, o ambiente cultural e também o ambiente biológico.”
“Uma ética e um direito baseados sobre a ameaça da destruição recíproca – e, potencialmente, de toda a humanidade – são contraditórios e constituem um dolo em toda a construção das Nações Unidas, que se tornariam ‘Nações Unidas pelo medo e a desconfiança’. É preciso trabalhar por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente, na letra e no espírito, o Tratado de Não-Proliferação para se chegar a uma proibição total destes instrumentos.”
“A casa comum de todos os homens deve edificar-se também sobre a compreensão duma certa sacralidade da natureza criada.”
“Tal compreensão e respeito exigem um grau superior de sabedoria, que aceite a transcendência, renuncie à construção duma elite omnipotente e entenda que o sentido pleno da vida individual e colectiva está no serviço desinteressado aos outros e no uso prudente e respeitoso da criação para o bem comum. Repetindo palavras de Paulo VI, ‘o edifício da civilização moderna deve construir-se sobre princípios espirituais, os únicos capazes não apenas de o sustentar, mas também de o iluminar e de o animar’”.
Perseguição religiosa
“Não faltam provas graves das consequências negativas de intervenções políticas e militares não coordenadas entre os membros da comunidade internacional. Por isso, embora desejasse não ter necessidade de o fazer, não posso deixar de reiterar os meus apelos que venho repetidamente fazendo em relação à dolorosa situação de todo o Médio Oriente, do Norte de África e de outros países africanos, onde os cristãos, juntamente com outros grupos culturais ou étnicos e também com aquela parte dos membros da religião maioritária que não quer deixar-se envolver pelo ódio e a loucura, foram obrigados a ser testemunhas da destruição dos seus lugares de culto, do seu património cultural e religioso, das suas casas e haveres, e foram postos perante a alternativa de escapar ou pagar a adesão ao bem e à paz com a sua própria vida ou com a escravidão.”

O DISCURSO DO PAPA FRANCISCO NO CONGRESSO DOS ESTADOS UNIDOS EM 10 FRASES

Fonte : El País 

Dia 24 de setembro de 2015


1. "Se é verdade que a política deve servir à pessoa humana, não pode ser escrava da economia e das finanças”

Essa foi uma das primeiras frases de Francisco no discurso.

2. “Tratemos os demais com a mesma paixão e compaixão com que queremos ser tratados"

Depois dessa frase, Francisco pediu ao Congresso a abolição da pena de morte.

3. "O sonho de Luther King ressoa em nossos corações”

O Papa lembra da marcha que Martin Luther King Jr. encabeçou de Selma a Montgomery, na campanha para realizar o sonho de plenos direitos civis e políticos para os negros nos EUA.

4. "Falo a vocês como filho de imigrantes, como muitos de vocês que são descendentes de imigrantes”

O pontífice pediu compaixão com os imigrantes.

5. "A responsabilidade que temos de proteger e defender a vida humana em todas as etapas do desenvolvimento”

Francisco, em alusão ao aborto.

6. "Diante do silêncio vergonhoso e cúmplice, é nosso dever enfrentar o problema e acabar com o tráfico de armas”

Em meio a aplausos, o Papa pediu que se ponha fim ao tráfico de armas.

7. "Uma nação é considerada grande quando defende a liberdade, como fez Abraham Lincoln”

Francisco destacou a contribuição de norte-americanos como Lincoln, Martin Luther King Jr. e Dorothy Day.

8. “Nenhuma religião é imune a diversas formas de aberração individual ou de extremismo ideológico”

O Papa, referindo-se à violência perpetrada em nome de uma religião.

9. “O desafio ambiental que vivemos e suas raízes humanos nos interessam e afetam a todos”

Francisco aproveitou o discurso para pedir atenção ao planeta.

10. "Não posso esconder minha preocupação com a família, que está ameaçada, talvez como nunca, desde o interior e desde o exterior"

terça-feira, 22 de setembro de 2015

PAPA FRANCISCO EM CUBA: ALGUNS DESTAQUES DE SUAS HOMILIAS

"A importância de um povo, de uma nação, a importância de uma pessoa sempre se baseia em como serve à fragilidade de seus irmãos".

"Todos estamos convidados a cuidar uns dos outros por amor".

"Não se serve às ideias, mas às pessoas".
"Servir significa, em grande parte, cuidar da fragilidade. Cuidar dos frágeis de nossas famílias, de nossa sociedade, de nosso povo".

"o santo povo fiel a Deus que caminha em Cuba é um povo que tem gosto pela festa, pela amizade, pelas coisas belas, e também tem feridas, mas sabe estar de braços abertos".

"O serviço sempre observa o rosto do irmão, toca sua carne, sente sua proximidade a em alguns momentos até a 'padece' e busca sua promoção".

"Ser cristão implica servir a dignidade de seus irmãos, lutar pela dignidade de seus irmãos e viver para a dignidade de seus irmãos", completou, repetindo três vezes a palavra "dignidade".


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

VIAGEM DO PAPA FRANCISCO A CUBA E AOS ESTADOS UNIDOS

VIAGEM APOSTÓLICA DO SANTO PADRE FRANCISCO
A CUBA, AOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
E VISITA À SEDE DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
por ocasião da participação ao VIII Encontro Mundial das Famílias na Filadélfia
(19-28 DE SETEMBRO DE 2015)


Transmissões vídeo ao vivo pelo CTV
(Centro Televisivo Vaticano)  
Live CTV

Sábado, 19 de setembro de 2015
10.15Partida do Aeroporto de Roma/Fiumicino para Havana 
16.00Chegada ao Aeroporto Internacional “José Martí” de Havana 
16.05Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto Internacional de Havana 
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
Domingo, 20 de setembro de 2015
9.00Santa Missa na Praça da Revolução em Havana
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
 Angelus
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
16.00Visita de Cortesia ao Presidente e ao Conselho dos Ministros da República no Palácio da Revolução em Havana 
17.15Celebração das Vésperas com os Sacerdotes, os Religiosos, as Religiosas e Seminaristas na Catedral de Havana
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
18.30Saudação aos jovens no Centro Cultural  Padre Félix Varela em Havana
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
Segunda-feira, 21 de setembro de 2015
8.00Partida de avião de Havana para Holguín 
9.20Chegada ao Aeroporto Internacional  “Frank Pais” de Holguín 
10.30Santa Missa na Praça da Revolução em Holguín
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
15.45Bênção da cidade da Loma de la Cruz em Holguín 
16.40Partida de avião para Santiago 
17.30Chegada ao Aeroporto Internacional “Antonio Maceo” de Santiago 
19.00Encontro com os Bispos no Seminário São Basílio Magno em Santiago 
19.45Oração à Nossa Senhora da Caridade, com os Bispos e a Comitiva papal na Basílica Menor do Santuário da Virgem da Caridade do Cobre em Santiago 
Terça-feira, 22 de setembro de 2015
8.00Santa Missa na Basílica Menor do Santuário da Virgem da Caridade do Cobre em Santiago
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
11.00Encontro com as Famílias na catedral de Nossa Senhora da Assunção em Santiago
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
 Bênção à cidade em frente à Catedral de Santiago 
12.15Cerimônia de despedida no Aeroporto 
12.30Partida do Aeroporto de Santiago para Washington, D.C. 
16.00Chegada à Andrews Air Force Base em Washington, D.C. 
 Recepção Oficial na Andrews Air Force Base em Washington, D.C. 
Quarta-feira, 23 de setembro de 2015
9.15Cerimônia de boas-vindas no South Lawn da Casa Branca
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
 Visita de Cortesia ao Presidente dos Estados Unidos 
11.30Encontro com os Bispos dos Estados Unidos na Catedral de São Mateus em Washington, D.C.
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
16.15Santa Missa e Canonização do Beato Pe. Junipero Serra no Santuário Nacional da Imaculada Conceição em Washington, D.C.
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
   
Quinta-feira, 24 de setembro de 2015
9.20Visita ao Congresso dos Estados Unidos[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português] 
11.15Visita ao Centro Caritativo da Paróquia de São Patrício e encontro com os sem-teto em Washington, D.C.
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
16.00Partida de avião para Nova Iorque 
17.00Chegada ao Aeroporto JFK em Nova Iorque 
18.45Vésperas com o Clero, Religiosos e Religiosas na catedral de S. Patrício em Nova Iorque
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
Sexta-feira, 25 de setembro de 2015
8.30Visita à Sede da Organização das Nações Unidas[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português] 
11.30Encontro Inter-religioso no Memorial Ground Zero em Nova Iorque
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
16.00Visita ao Colégio Nossa Senhora Rainha dos Anjos e encontro com as crianças e famílias de imigrantesem Nova Iorque (Harlem) 
18.00Santa Missa no Madison Square Garden em Nova Iorque
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
Sábado, 26 de setembro de 2015
8.40Partida em avião para Filadélfia 
9.30Chegada ao Aeroporto Internacional da Filadélfia 
10.30Santa Missa com os Bispos, Clero, Religiosos e Religiosas da Pensilvânia na catedral dos Santos Pedro e Paulo em Filadélfia
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
16.45Encontro pela Liberdade Religiosa com a comunidade hispânica e outros imigrantes no Independence Mall em Filadélfia
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
19.30Festa das Famílias e vigília de oração no B. Franklin Parkway em Filadélfia
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
Domingo, 27 de setembro de 2015
9.15Encontro com os Bispos participantes do Encontro Mundial das Famílias no Seminário São Carlos Borromeu em Filadélfia
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
11.00Visita aos presidiários do Instituto Curran-Fromhold em Filadélfia
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
16.00Santa Missa conclusiva do  VIII Encontro Mundial das Famílias no B. Franklin Parkway em Filadélfia
[Alemão,  Árabe,  Espanhol,  Francês, Inglês, Italiano, Polonês, Português]
 
19.00Saudação ao Comitê organizador, aos voluntários e aos benfeitores no Aeroporto Internacional da Filadélfia 
19.45Cerimônia de Despedida 
20.00Partida do aeroporto da Filadélfia para Roma/Ciampino 
Segunda-feira, 28 de setembro de 2015
10.00Chegada ao Aeroporto de Roma Ciampino 

Fuso horário:
Roma: +2h UTC
La Habana / Holguín / Santiago: -4h UTC
Washington / New York / Philadelphia: -4h UTC

Fonte: https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/travels/2015/outside/documents/papa-francesco-cuba-usa-onu-2015.html 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

PÓS-MODERNIDADE: A "MUDANÇA DE ÉPOCA" APRESENTA CHANCES E OPORTUNIDADES

Frei Nilo Agostini

Vivemos uma “mudança de época”. Ela é portadora de chances e desafios. Estamos vivendo a emergência de um novo modelo de sociedade, fundado numa cultura que se refaz constantemente; esta vem marcada por uma série de características que se aliam, tais como: a "intelectualização", a "criatividade", a "flexibilização", a "emotividade", a "subjetividade". Se a razão triunfou na sociedade industrial e moderna, hoje emerge com força a esfera emotiva e subjetiva. Está em crise a sociedade focada exclusivamente no trabalho, no mercado e na competitividade. Como alternativa, um modelo centrado em outras premissas está em gestação. É a hora de nos situarmos devidamente ante o novo; este não só bate às nossas portas, mas já se aninha em nós mesmos.

Redimensionam-se os valores vitais e os eixos básicos da vida humana. O novo irrompe por todos os lados. Já não é mais possível encobrir seus “sinais”, nem passar ao largo, num “faz de conta” que não vimos.

Esta é uma época cheia de chances e oportunidades. É hora de saber reconhecer o que é bom, encorajar o que constrói a vida, aliando novas tecnologias, disposição de dialogar e de escutar, com o componente experiencial, superando o estritamente teórico. Hoje, quer-se provar, saborear mais do que teorizar e acumular saberes. Em meio a isso, surge o desafio de promover uma cultura que de novo dê sentido à vida e à história, buscando a humanização, sem perder o dinamismo e a criatividade. Há algumas décadas, vem se impondo o ideal da qualidade de vida, que não é tanto “ter mais”; carregado de um novo ideal de vida, esta prima pelo qualitativo, estético, emocional e cultural. Há uma busca de estetização do mundo. A alta tecnologia vem, cada vez mais, recebendo um toque estético. Importa criar ambientes agradáveis, belos de se viver, mais conviviais e hospitaleiros, numa cultura do bem-estar e da estética.

Cultivar a imaginação, viver na diversidade, cuidar do meio ambiente, buscando civilizar a cultura-mundo: eis o desafio! Precisamos engenhosamente aliar tecnociência e política em vista de uma solidariedade global. “Trata-se de investir de forma maciça nas tecnologias limpas, economizar energia, taxar cada vez mais pesadamente as indústrias poluentes, modificar os hábitos de consumo, criar um ecodesenvolvimento”[1]. Assistimos, em nossos dias, ao crescimento da solidariedade, à busca por intercâmbios, à aspiração por uma cultura da paz. Apresenta-se o desafio de edificar uma sociedade aberta e multicultural, com justiça social.
Cresce a consciência, em nossos dias, de que as responsabilidades ante os desafios modernos e pós-modernos devem ser partilhadas. Antes de condenar, temos que compreender. Isto supõe conhecer as realidades ou ao menos acompanhá-las em sua complexidade, diversidade e rápida mutação. Em vez de ficar repassando as responsabilidades aos outros, convém assumi-las nós mesmos. Precisamos passar do tempo da diabolização para o tempo da responsabilização individual e coletiva, o que implica numa abertura de espírito, numa capacidade permanente de diálogo e num lastro ético indispensável.

            Não podemos passar ao largo de um novo sopro ético emergente em nossos dias. Toda iniciativa ou empreendimento não poderá mais carecer de uma responsabilidade social e terá que ser ecologicamente limpo. Isto se traduz, sem dúvida, no cultivo de uma “tarefa interna”, de uma “intimidade moral”, indicando o florescer de um novo sopro ético, numa revitalização da exigência ética em nossas vidas, em nossas comunidades e no todo da sociedade. Não podemos pensar este processo nos refugiando num passado que não mais existe; é necessário encarar, com especial disposição, um novo diálogo com os interlocutores destes tempos novos, buscando habilitar desde dentro o ser humano a dar respostas à altura dos novos desafios.

Fonte: Este texto foi extraído de:
AGOSTINI, Nilo. Cambios de época: oportunidades y desafíos. In: CARRERO, Ángel (coord.). Franciscanesimo e contemporaneità: Ripensare l'evangelizzazione francescana di fronte alle sfide della cultura attuale. Atti dei convegni 11-13 luglio 2012 e 29-31 gennaio 2013, Roma: Ordine Frati Minori, 2014, p. 111-120.



[1] LIPOVETSKY, G.; SERROY, J. A cultura-mundo: Reposta a uma sociedade desorientada. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 185.