sábado, 30 de março de 2013

“Ele não está aqui, ressuscitou!" (Lc 24,6).


Na Páscoa, celebramos a “solenidade das solenidades”. É a mais importante festa do ano litúrgico cristão. Ela aponta para a “passagem” da morte para a Vida, na certeza que, na força do Amor, é a Vida que vence, é a renovação que encontra o seu caminho. Isto já se realizou em Jesus Cristo, o que funda a nossa esperança, pois o caminho está aberto para nós.

Em nós, a solenidade da Páscoa cria a certeza de que uma renovação de vida sempre é possível, de que dias melhores devem sobrevir, de que as necessárias transformações são uma questão de tempo. Renasce a esperança e sedimenta-se a certeza de que somos seres marcados para transcender, num regurgitar de vida na força da superação. A dinâmica é a do crescimento, o caminho é o do engajamento no cultivo de uma opção de vida. E, qual virtude, uma força interior emana, unificando o nosso ser, numa unidade de vida. Ressurreição é plenitude futura, mas já em gestação em cada gesto de vida, pequeno ou grande, sobretudo quando embebido de Amor.

Feliz e abençoada Páscoa a todos!

Frei Nilo Agostini, ofm

segunda-feira, 25 de março de 2013

Frei Nilo Agostini, ofm, participa de Café Filosófico


Você é nosso convidado para participar, neste dia 25/03/2013, do Café Filosófico, das 17:00 às 19:00 horas, no Café Girondino, Largo São Bento em São Paulo (capital).

Expositor: Prof. Dr. Frei Nilo Agostini, ofm


Tema: IGREJA CATÓLICA E CIÊNCIAS: POR UMA CULTURA DO DIÁLOGO E DA VIDA

sábado, 16 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher – A nossa homenagem!

Nascida da luta das mulheres por melhores condições de trabalho e da crescente consciência de sua exploração, a data do dia 8 de março leva-nos a buscar relações sociais e de trabalho mais justas e a participação da mulher em todas as esferas da sociedade. Persiste ainda o desafio de iguais oportunidades em nosso tecido social.

Na concepção bíblica, homem e mulher aparecem como “companheiros” (cf. Gn 2,18), até num chamado a que os “maridos amem as suas mulheres como a seu próprio corpo” (cf. Ef. 5,28). Encontramos aí o fundamento para a afirmação lapidar da igual dignidade entre o homem e a mulher.
Neste sentido, somos convocados a consolidar nas práticas do dia a dia o reconhecimento da igual dignidade da mulher face ao homem, de sua participação livre, autônoma e responsável na sociedade e da riqueza de seu aporte feminino na construção do humano em todas as dimensões.
A todas as mulheres, a nossa homenagem e o nosso reconhecimento!
Frei Nilo Agostini, ofm
Coordenador da Pastoral Universitária – USF (Universidade São Francisco), Professor da USF
Coordenador de Graduação e Professor da Fajopa (Faculdade João Paulo II)

sexta-feira, 15 de março de 2013

Papa Francisco, o primeiro da América Latina


Jorge Mario Bergoglio, cardeal-arcebispo de Buenos Aires, Argentina, foi escolhido ,aos 76 anos, o 266º Papa da Igreja Católica. O que aconteceu neste dia 13 de março de 2013 surpreendeu a todos. Primeiro, porque o seu nome não era lembrado entre os papáveis. Segundo, por ser alguém da América Latina. Assim, a Igreja Católica põe um pé fora da Europa, mostrando que ela se abre ao mundo, traço característico da catolicidade, ou seja de sua universalidade.
Ao ser escolhido Papa, Bergoglio assumiu o nome de Francisco. "A escolha do nome Francisco indica que ele será mais próximo dos pobres, comprometido com o bem da Igreja", afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Além disso, o Papa Francisco revela os traços de ser uma pessoa humilde e simples, com uma preocupação claramente pastoral. É um Papa próximo do povo. Este nome também indica um desejo de renovação da Igreja, assim como representou outro com o mesmo nome, Francisco de Assis, o santo fundador da Ordem dos Frades Menores, os Franciscanos.

Antes de dar a sua primeira bênção ao Povo, Francisco pede que o Povo reze e peça a Deus que o abençoe. E se inclina reverentemente. Sinal de humildade, de proximidade com o povo, ele mostra ser um Pastor não afeitos a adornos. Conhecido por seu trabalho com os mais humildes nas favelas de Buenos Aires, ele chegou a negar os luxos enquanto cardeal na capital argentina. Pegava frequentemente ônibus para ir ao trabalho e chegava a cozinhar as próprias refeições. O Papa Francisco mostra o alcance social da fé cristã.

Não faltarão desafios para este papado. Uma primeira série de desafios provem das transformações que ocorrem no mundo de hoje. Estaríamos numa “mudança de época”. Isto requer uma Igreja capaz de acompanhar estas mudanças, usando uma linguagem apropriada e capaz de responder à altura os novos desafios do nosso tempo.  A crescente consciência ecológica, o avanço das novas tecnologias e os problemas sociais resultantes do fraco crescimento econômico exigem uma Igreja “antenada” com o seu tempo. Urge um acento mais social do anúncio do Evangelho.
Outra série de desafios vem do interior mesmo da Igreja e clamam ora por uma reorganização interna, incluída a Cúria Romana, ora por uma clareza da centralidade de Jesus Cristo na vida do cristão. Ao fazer a sua primeira homilia, na quinta-feira, dia 14/03, o Papa Francisco já apontou para três linhas: “Caminhar, edificar e confessar”. Caminhar na luz de Cristo. Edificar a Igreja. Confessar a Jesus Cristo. Caso contrário, a Igreja se torna “uma ONG de caridade”, afirmou o Papa, perdendo sua identidade primeira.
O Papa Francisco nos convoca a estar em “movimento”, não parar no meio do caminho. Importa caminhar iluminados pelo Senhor e em sua constante presença.

Frei Nilo Agostini, ofm
Coordenador da Pastoral Universitária – USF (Universidade São Francisco), com sede em Bragança Paulista SP
Professor da USF
Coordenador e professor do Curso de Teologia da Fajopa (Faculdade João Paulo II) de Marília, SP