sábado, 28 de junho de 2014

MUDANÇA DE ÉPOCA E VIDA NOVA DE JESUS CRISTO

Fonte: V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, "Documento de Aparecida" n. 44 e 356.

Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus [...] . Surge hoje, com grande força, uma sobrevalorização da subjetividade individual [...]. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço, dando papel primordial à imaginação [...]. Deixa-se de lado a preocupação pelo bem comum para dar lugar à realização imediata dos desejos dos indivíduos, à criação de novos e muitas vezes arbitrários direitos individuais, aos problemas da sexualidade, da família, das enfermidades e da morte .

A vida nova de Jesus Cristo atinge o ser humano por inteiro e desenvolve em plenitude a existência humana ‘em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural’ [...]. Só assim será possível perceber que Jesus Cristo é nosso salvador em todos os sentidos da palavra [...]. A vida em Cristo inclui a alegria de comer juntos, o entusiasmo para progredir, o gosto de trabalhar e aprender, a alegria de servir a quem necessite de nós, o contato com a natureza, o entusiasmo dos projetos comunitários, o prazer de uma sexualidade vivida segundo o Evangelho, e todas as coisas com as quais o Pai nos presenteia como sinais de seu sincero amor .

terça-feira, 24 de junho de 2014

ÉTICA, COMPROMISSO E HONESTIDADE

Frei Nilo Agostini 

Não bastam palavras, é preciso vivê-las. 
Não basta fé, é preciso praticá-la. 
Ética é para ser vivida, não é enfeite! 

Urge sermos responsáveis, aliando compromisso e honestidade. 
Isto requer respeito das pessoas, coerência nas relações, transparência em tudo o que fazemos. 

A ética identifica direitos, sem fugir dos deveres; desmascara os ídolos e seus fetiches; combate a corrupção; enxerga as pessoas no face a face e defende a vida.

A ética aponta sempre para o valor da dignidade humana, valorizando o ser humano em todas as suas dimensões, 
por inteiro; leva-nos a proteger o fraco e a promover os pobres, numa inclusão de todos no banquete da vida.

A COPA DO MUNDO É PECADO?

Por Pe. Valdecir Luiz Cordeiro

Fonte:
http://www.paulus.com.br/portal/colunista/valdecir-cordeiro/a-copa-do-mundo-e-pecado.html#.U6lqc5RdWYE

Uma pessoa me advertiu, em nome de sua fé cristã, que “a Copa é do mundo”, ressaltando, com a expressão “édo” mundo, o caráter mundano e supostamente pecaminoso do campeonato mundial de futebol. Mas será que a Copa é pecado? Dá para torcer sem culpa?
A verdade é que, descontadas as vicissitudes eventualmente presentes na organização e no decorrer do evento, no centro da Copa está a dimensão lúdica do ser humano, que deve ser valorizada. Até o Papa é torcedor.
O jogo, entendido como brincadeira, é coisa de Deus. O livro dos Provérbios afirma que a Sabedoria de Deus brinca, joga (8,22-33). Enquanto Deus criava o mundo, a sua Sabedoria “brincava sobre a superfície da terra” (8,31). Por conseguinte, não faz sentido dizer que o jogo é pecado, pois a dimensão lúdica explicita o caráter relacional da humanidade, a gratuidade e a novidade, que são dons de Deus.
O jogo é relacional. Ninguém joga sozinho, nem mesmo Deus. Isto fica claro na relação entre Deus e o mundo criado. Ao decidir criar, Deus se dispõe livremente a jogar com a sua criação.
Esvazia-se de sua onipotência e onipresença para permitir a existência das criaturas.
Para jogar com as criaturas, Deus respeita as leis da natureza. Do ponto da vista da ética, o jogo de Deus se dá no reconhecimento do outro. O desejo de ilimitação é o anti-jogo, pois elimina o outro ao negar o caráter relacional da existência humana.
O jogo é esvaziamento de si e abertura para o outro. O individualismo, que se materializa na falta de entrosamento, e a brutalidade, que se manifesta nas faltas graves, são atitudes a serem refreadas em prol do bom jogo.
Neste sentido, a Copa pode ser vista como uma grande expressão do reconhecimento da diversidade dos povos, sintetizada em cada jogo.
No jogo, a vitória não anula o rival, o vencido não absolutiza o vencedor. O jogo é como um rio. Os rivais são as margens que ladeiam o fluxo caudaloso do jogo. A limitação do tempo, materializada no apito final, cria a noção de vitória da qualidade sobre a mediocridade. Uma metáfora do fim último da existência, quando todo o amor vivido se manifestará em plenitude.
O jogo é gratuidade. É significativo, mas não necessário. O jogo – a brincadeira – é graça. A liberdade de Deus diante da criação nos ajuda a compreender o assunto. A criação não é simplesmente uma obra situada num passado primordial, levada a cabo por um Ser onipotente. Fosse assim, tudo estaria pronto e acabado. Mas não.
O jogo da criação se prolonga na história mediante a colaboração entre Deus e os seres humanos. É um jogo, uma brincadeira, pois nenhum dos parceiros está obrigado a jogar.
Assim são também as brincadeiras das crianças nos intervalos das aulas, na escola, bem como qualquer jogo. Ninguém é obrigado a entrar na pelada de futebol. E se for, o jogo perde a graça.
O jogo é novidade. Não é possível planejar e prever tudo. Jamais um jogo se repetirá. Há enorme espaço para a criatividade. O planejamento, o esquema tático, é uma poderosa força sobre o talento, como as leis naturais que mantém a posição dos astros nas galáxias. Mas, quando o jogo é jogado, brilha a estrela dos craques. Até mesmo jogadores medianos podem brilhar. É o triunfo da criatividade sobre a enorme força dos esquemas e protocolos que aprisionam o espírito.
A conjugação dessas três dimensões – reconhecimento da alteridade, afirmação da gratuidade e abertura à novidade – torna o jogo uma atividade altamente humanizadora.
O reconhecimento do outro, inerente ao jogo, pode ser visto como um elemento de resistência a certo tipo de globalização econômica que massifica e domina os povos. Paradoxalmente, o jogo é a rebeldia do espirito humano contra o “padrão Fifa”.
Há enorme peso da padronização na Copa. O idioma oficial, os protocolos, o mesmo tempo reservado ao hino nacional de cada seleção, ignorando que cada hino tem seu tempo, porque cada nação tem sua história etc. Mas, no jogo, cada time é um time, cada torcida, uma torcida. O jogo é a síntese das diferenças.
A gratuidade do jogo, a não obrigação de jogar, o fazer por brincadeira, é um elemento essencial para que o jogo não seja mera euforia social. A atividade lúdica é resistência à tendência do sistema a reduzir o ser humano à rotina do chão de fábrica. O jogo transcende esse mundo altamente organizado e estruturado por rígidas leis administrativas. O jogo é flexível, nele o homem cria o inesperado, o espetáculo, o gol.

domingo, 22 de junho de 2014

AS VIRTUDES: DESCUBRA O TESOURO DO "SER VIRTUOSO"!

Frei Nilo Agostini, OFM

Autor do livro: 
Moral cristã: Temas para o dia a dia. 5ª edição. Petrópolis (Brasil): Editora Vozes, 2010.


SER VIRTUOSO!

As virtudes são os fundamentos de uma vida em comunhão com Deus e com os irmãos. Pessoas virtuosas são firmes na prática, porque uma força as habita por inteiro e dá unidade à sua vida. Elas são virtuosas. Não se trata apenas de ter virtudes, mas de ser virtuoso ou virtuosa. A pessoa virtuosa não é hoje uma e amanhã outra. Ela é uma e mesma sempre. Tem estabilidade no agir; é segura nos seus objetivos; demonstra tranqüilidade, alegria e leveza no seu modo de ser. A lista clássica distingue as virtudes humanas ou morais e as virtudes teologais. As virtudes morais são quatro: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. As virtudes teologais são três: a fé, a esperança e a caridade (ou amor).

Frei Nilo Agostini, OFM


A VIRTUDE DA PRUDÊNCIA

Prudente é aquela pessoa que busca o verdadeiro bem e sabe escolher os meios adequados para realizá-lo. A pessoa prudente sabe examinar tudo e ficar com o que é bom. Sabe distinguir o que presta e o que não presta. Não se deixa enrolar pelo que é mentiroso, falso, indigno ou malicioso. Fica com o que é verdadeiro, digno, justo, honesto,  virtuoso. Prudente é aquela pessoa que sabe discernir entre o bem e o mal. E, além disso, se decide pelo bem e age conforme o bem. A pessoa que cultiva a prudência torna-se uma pessoa crítica, naquele sentido de saber separar as coisas, como a mulher que cata arroz na peneira; ela examina tudo para ver o que presta; ela acaba jogando
fora o que não presta.

Frei Nilo Agostini, OFM


A VIRTUDE DA JUSTIÇA

A justiça dá a cada um o lhe é devido. O livro da Sabedoria (8,7) nos diz: “Se alguém ama a justiça, saiba que as virtudes são fruto de seus esforços: ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza”. Hoje, sabemos como é importante cultivar esta virtude. Cresce a consciência da necessidade da justiça. Só que de nada vale só ficar no discurso. É necessário agir. Sabemos que a justiça aponta para direitos e deveres. Supõe uma ação responsável. Além disso, significa superar toda forma de preconceitos entre pessoas; sobretudo, superar toda forma de discriminação das pessoas por causa do sexo, da cor, da raça ou da classe social. A virtude da justiça leva a sermos solidários, especialmente para com os mais necessitados.

Frei Nilo Agostini, OFM


A VIRTUDE DA FORTALEZA

A pessoa que cultiva a fortaleza é segura nas dificuldades e firme na procura do bem. Tem coragem de viver, resiste às tentações, supera os obstáculos, vence o medo, suporta as provações e perseguições; chega até a renunciar à própria vida por uma causa justa. Esta virtude aponta para aquela energia que atravessa as pessoas por inteiro, levando-as a agir com decisão. Através da fortaleza, as pessoas não deixam a agressividade tomar conta; sabem canalizá-la para fazer coisas boas. A pessoa que cultiva esta virtude não desiste diante das dificuldades, é capaz de esquecer o passado, espera até que as feridas fiquem curadas e não se deixa tomar pelos experiências que deram errado na vida. Vai em direção ao que busca,  persevera, segue firme.

Frei Nilo Agostini, OFM


A VIRTUDE DA TEMPERANÇA

A temperança é a virtude que modera a atração pelos prazeres e equilibra o uso dos bens. A pessoa virtuosa sabe dar direção aos instintos e mantém seus desejos dentro daquilo que é honesto. Por esta virtude, busca-se o justo equilíbrio, evitando os excessos. É isso que faz uma cozinheira quando tempera a comida; ela lhe dá aquele gosto que dá até água na boca. Assim é a virtude da temperança; ela lembra o gosto pela vida e a alegria de viver. Equilibra as energias que carregamos. Nos faz superar aqueles desequilíbriosque funcionam como destemperos que chegam a dar até náuseas. Nós somos como cavaleiros que, montados nos desejos e impulsos, usamos o cabresto, o freio e as rédeas; sabemos mantê-los sob domínio, podendo viajar sem tropeço ou queda.

Frei Nilo Agostini, OFM


FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE

Estas são as virtudes teologais. Elas apontam para a raiz do ser cristão. Aqui está a originalidade cristã. Elas fortificam o agir moral e animam todas as demais virtudes. A fé é a virtude que nos liga a Deus numa entrega confiante. Abre-nos à Luz que é Jesus Cristo, fonte da vida. A fé opera pela caridade e liga o crer e o amar, a fé e as obras. Leva à prática, criando solidariedade e comunhão entre as pessoas, fortalecendo o compromisso com a comunidade. A fé e o amor ou a caridade fortificam a esperança. Torna-nos capazes de resistir, de esperar, de crer, não temendo nem a própria morte.
A certeza do amor de Deus em Cristo nos dá a segurança de que “em tudo vencemos graças àquele que nos amou” (Rm 8,38).

Frei Nilo Agostini, OFM


VIRTUDES: ESPÍRITO EM AÇÃO

“A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum” (1Cor 12,7). “O amor de Deus se derramou em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado” (Rm 5,5). Com estes textos, podemos traduzir as virtudes como a força de Deus, derramada pelo seu Espírito. Esta comunicação da força de Deus faz com que o ser virtuoso, que define o ser cristão, possa ser  identificado como viver segundo o Espírito. Portanto, nas virtudes está em ação o dinamismo do Espírito Santo. Não cabe a nós querermos controlar a sua ação. Igualmente, não há como ficar de braços cruzados ante o seu sopro. O cristão virtuoso sente-se, portanto, impulsionado a viver como Jesus e a ir na direção que o Espírito indicar.

Frei Nilo Agostini, OFM

quinta-feira, 19 de junho de 2014

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO NA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI


Basílica São João de Latrão

Quinta-feira, 19 de junho de 2014
Tradução: Liliane Borges
“O Senhor, vosso Deus, vos nutriu com o maná, que vós não conhecíeis” (Dt 8,2)
Estas palavras de Moisés referem-se a história de Israel, que Deus tirou do Egito, da condição de escravidão, e por quarenta anos guiou no deserto em direção à  terra prometida. Uma vez estabelecido na terra, o povo eleito chega a uma certa autonomia, um certo bem-estar, e corre o risco de esquecer os tristes acontecimentos do passado, superados pela intervenção de Deus e Sua infinita bondade. Por isso,  as Escrituras os exortam a recordar, fazer memória de todo o caminho feito no deserto, no tempo de fome e desconforto. O convite de Moisés é o do retorno ao essencial, à experiência da total dependência de Deus, quando a sobrevivência foi confiada em suas mãos, para que o homem compreendesse que “ele não vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca do Senhor “(Dt 8, 3).
Além da fome física que homem traz dentro de si, há uma outra fome, uma fome que não pode ser satisfeita com alimentação normal. É a fome de vida, fome de amor, fome de eternidade. E o sinal do maná – como toda a experiência do Êxodo – continha em si também esta dimensão: era a figura de um alimento que satisfaz esta fome profunda que há no homem. Jesus nos dá esse alimento, mais do que isso, é Ele mesmo o pão vivo que dá vida ao mundo (cf. Jo 6,51). Seu corpo é verdadeira comida sob as espécies do pão; o Seu sangue é verdadeiramente bebida sob as espécies do vinho. Não se trata apenas de um alimento com o qual saciar os nossos corpos, como o maná; o Corpo de Cristo é o pão dos últimos tempos, capaz de dar vida, e vida eterna, porque a substância deste pão é o Amor.
Na Eucaristia se comunica o amor de Deus por nós: um amor tão grande que nos alimenta com o Seu próprio ser; amor gratuito, sempre disponível a cada pessoa com fome e necessitada de revigorar suas forças. Viver a experiência da fé significa deixar-se nutrir pelo Senhor e construir a própria existência não sobre bens materiais, mas sobre a realidade que não perece: os dons de Deus, a Sua Palavra e Seu Corpo.
Se olharmos à nossa volta, percebemos que há tantas ofertas de alimentos que não são do Senhor e que, aparentemente, satisfazem mais. Alguns são nutridos pelo dinheiro, outros com sucesso e a vaidade, outros com poder e orgulho. Mas a comida que nos alimenta e que realmente nos satisfaz é apenas aquela que o Senhor nos dá! O alimento que o Senhor nos oferece é diferente dos outros, e talvez ele não pareça tão saboroso como os alimentos que nos oferece o mundo. Por isso, sonhamos com outras refeições, como os judeus no deserto, que lamentavam pela  carne e as cebolas que comiam no Egito, mas eles esqueceram que as refeições eram feitas na mesa da escravidão. Eles, nos momentos de tentação,  tinham memória, mas uma memória doente, uma memória seletiva.
Cada um de nós, hoje em dia, pode perguntar-se: e eu? Onde gostaria de comer? Em qual mesa eu quero me alimentar? Na  mesa do Senhor? Ou sonho em comer alimentos saborosos, mas na escravidão? Qual é a minha memória? Aquela que o Senhor me salva, ou aquela do o alho e das cebolas da escravidão? Com qual  memória  sacio a minha alma?
O Pai nos diz: “Eu te alimentei com o maná que você não conhecia”.  Recuperamos a memória e aprendamos a reconhecer o pão falso que ilude e corrompe, porque é fruto do egoísmo, da autossuficiência e do pecado.
Daqui a pouco, na procissão, nós seguiremos Jesus realmente presente na Eucaristia. A  Hóstia é o nosso maná, mediante a qual o Senhor no dá a Si mesmo. A Ele nos dirijamos com confiança: Jesus, defenda-nos das tentações do alimento mundano que nos torna escravos; purifica a nossa memória, para que não permaneça prisioneira na seletividade egoísta e mundana, mas seja memória viva de tua presença na história de seu povo, memória que se faz “memorial” do teu gesto de amor redentor. Amém.
Fonte: http://papa.cancaonova.com/homilia-do-papa-na-solenidade-de-corpus-christi/ 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

VIDA DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA - Homem do Evangelho e da Solidariedade

Fonte: Mensageiro de Santo Antônio – Junho de 1999

Fernando nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1191. Seus pais eram de nobre linhagem: Fernando Martins Afonso de Bulhões e Maria Taveira. Moravam bem de frente à catedral. Nessa escola episcopal, Fernando recebeu a instrução cristã e elementar. Adolescente ainda entrou para o seminário dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, de onde ele mesmo pediu transferência para Coimbra (a quase 200 quilômetros de distância) a fim de continuar seus estudos. com mais sossego, sem a atrapalhação das contínuas visitas de parentes e amigos que queriam persuadi-lo a desistir da "sua" vocação. Fernando era um jovem que sabia o que queria: dedicar-se de corpo e alma a Deus e aos estudos da Bíblia Sagrada. Na cidade universitária - Coimbra ­porém, ele encontrou uma outra dificuldade no seu desejo de seguir em radicalidade a Palavra de Deus. Na época, o mosteiro de Santa Cruz, onde morava e estudava, era palco de intrigas, fuxicos e brigas por bens materiais entre prelados e reis, monges e leigos. Fernando se empenhou fortemente por estar alheio a toda essa dura, mas triste realidade. Mais do que nunca, dedicou­se a seus estudos escriturísticos e ao seu crescimento espiritual. Um dia encontrou-se com 5 frades franciscanos. Amor à primeira vista: viu neles todo o Evangelho vivido na simplicidade, na alegria, na humildade e na generosidade.

Estavam de saída para Marrocos, para pregar a "PAZ" e o "BEM", como dizia o fundador deles, Francisco de Assis, ainda vivo, na Itália. Tempos depois, diante das relíquias dos 5 primeiros mártires franciscanos, Fernando não teve mais dúvidas: trocou todo aquele aparato clerical cheio de hipocrisia que ele conhecia pela simplicidade do Evangelho vivido na fraternidade e no anúncio do Reino de Deus a povos pagãos. Trocou até o nome. De Fernando passou a ser chamado Antônio, frei Antônio e, jovem ainda, teve um só desejo: morrer mártir como aqueles 5 frades e "merecer, assim, junto com eles, a coroa da glória."

Não havia soado ainda, a hora de Deus! O homem propõe. Deus dispõe. Uma febre sem tamanho, na África, deixou-o prostrado meses na cama. Aos poucos também aprende ­com que fadiga! - a seguir o projeto de Deus. Decide voltar a Portugal, sua ter­ra natal. Qual novo Pentecostes, porém, os ventos sopram seu navio na direção da Itália e ali ele começa co­locar-se definitiva­mente nos passos de Deus. Na grande reunião dos frades (3.000) em Assis, encontra-se com Francisco, com milhares de irmãos que segui­am o mesmo ideal e, mais tarde, com Clara de Assis... Mu­dança radical na sua vida, no seu desejo. Antônio não toma mais ' a iniciativa ­talvez pela decisão dura e pedagógica de Marrocos -, mas se entrega incondicionalmente, embora também com certo medo, nas mãos de Deus. Terminada a grande assembléia, em maio de 1221, escolhe o silêncio: nada mais diz sobre sua preparação, seus estudos, sua competência. Ninguém o conhece. Ninguém se interessa por ele. "As almas humildes - escreverá mais tarde com conhecimento de causa -, desconhecidas e felizes por serem esquecidas, são aquelas que imitam mais perfeitamente a vida escondi­da de Jesus de Nazaré" (Sermões). E, assim, a pedido de frei Graciano, ministro provincial da Romanha, no centro da Itália, lá vai frei Antônio fazer parte de um conventinho eremitério  situado no cimo do Monte Paulo. Como sacerdote, reza missa aos confrades, mas faz outros serviços necessários à comunidade, como lavar pratos, cuidar da horta, da limpeza, etc.

Dedica-se a longos tempos de oração - contemplação, jejum e penitência. “Em águas turvas, escreverá mais tarde, não se vê espelhado o próprio rosto. Se quiseres que o rosto de Cristo se espelhe em ti, sai do barulho das coisas e guarda tranqüila tua alma" (Sermões).

Finalmente chega a hora de Antônio, que é a hora de Deus. Na cidade de Forli, durante uma ordenação sacerdotal, na catedral lotada de padres, irmãs, freis e fiéis, é convocado pelo superior a fazer a pregação. Daqueles lábios há tanto tempo calados surgem, de repente, como de uma fonte viva de água cristalina, as palavras mais comoventes, os exemplos mais convincentes, os estímulos mais penetrantes. Todos, do bispo ao provincial frei Graciano, dos frades às irmãs, dos padres aos fiéis, to­dos ficam admirados pela eloqüência, pela sabedoria e pela profundidade daquele frade até então desconhecido. Dali para frente, todos chamam a frei Antônio e ele passa a percorrer as estradas, sobretudo as do norte da Itália e as do sul da França e, nos últimos anos, (1229-1231), os caminhos de Pádua, anunciando o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Percorrendo as estradas da Europa, frei Antônio percebe a fraqueza do povo na prática da fé, vítima às vezes das inúmeras heresias e erros da época. Francisco o admira e envia-lhe um bilhete pedindo que a mesma sabedoria que lhe deu uma profunda experiência de Deus, ele a transmita a seus confrades.
"A frei Antônio, meu bispo: Saudações! Muito me agrada que tu ensines a sagrada teologia aos frades, contanto que não se extinga o espírito da santa oração e devoção ao qual tudo deve estar submisso, conforme está escrito na Regra frei Francisco".

Coisa admirável, maravilhosa. Antonio unia em si a sabedoria e a humildade, a cultura e a simplicidade, a oração e a caridade. Confrades e povo o "adoravam" nesse sentido. Tão alto em sua cultura e tão simples no trato com a gente, Doutor da Igreja e amigo dos simples e dos pobres! E o povo ouve suas palavras. Segue seus conselhos. Sente­-se reconfortado em suas lutas. Crianças são por ele abraçadas e abençoadas. Mulheres e esposas são defendidas em seus direitos. Lares são reunidos pela força do amor que ele tão bem sabe suscitar.

E o povo continua a contar: "a mula se ajoelhou diante da Eucaristia. O coração avarento foi encontrado no cofre do seu tesouro. Ele curou o pé decepa­do de um jovem. Ele pregou aos peixes. Ele defendeu os agricultores diante do terrível Ezzelino da Romano...'

E, assim, passou frei Antônio seus últimos anos, curando e consolando os outros e tendo, para si, cansaço, doenças e penitência. Após uma intensa atividade de pregações e confissões de Quaresma em Pádua, retira-se na tranqüilidade da localidade de Camposampiero.

Mas, em junho de 1231, sente as forças faltarem-lhe completamente. Pede para voltar a Pádua. Percorre os 20km em carro de boi, moribundo. Em Arcella, às portas da cidade de Pádua, num quartinho humilde do convento das Irmãs Clarissas Franciscanas, exala o último suspiro, cantando com voz tênue: "Gloriosa Senhora - sobre as estrelas exaltada - alimentaste em teu seio Aquele que te criou". Olhando um ponto fixo, consegue ainda exclamar: "Estou vendo o meu Senhor". E morre. Não chegara aos 40 anos. Onze meses depois, em 30 de maio de 1232, na catedral de Espoleto, Itália, foi proclamado Santo pelo papa Gregório IX.


Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio de Lisboa, Santo Antônio do mundo inteiro! 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO CANTADA OU REZADA - Várias versões!

CLIQUE NA VERSÃO ESCOLHIDA E OUÇA, REZANDO JUNTO!

Eduardo Diniz de Lima

Padre Zezinho

Padre Marcelo

https://www.youtube.com/watch?v=RLjU3ymPDg4 - Elizabete Lacerda (Pe Marcelo Rossi)

Ministério de Intercessão Cristo Vive

Cid Moreira

Cantor Desconhecido


FÉ E POLÍTICA. SOMOS MUITO CRÍTICOS DE CERTAS FORMAS DE GOVERNO OU SISTEMAS

SAIBA MAIS!

A Igreja Católica tem criticado, e até condenado, formas de governo ou sistemas que apresentem situações inequívocas de injustiça, de desrespeito dos direitos humanos essenciais e de limitação da liberdade das pessoas, mesmo naqueles casos em que os governantes se dizem cristãos.

Opôs-se a sistemas políticos totalitários e/ou autoritários, como o fascismo, o nazismo, o comunismo e aqueles fundados nas doutrinas de segurança nacional, bem como criticou toda sorte de mau uso do poder, assinalando igualmente para o perigo da anarquia e da demagogia.

O ensino social da Igreja toma equidistância ante qualquer forma de Estado totalitário, autoritário bem como neo-liberal, para propor aquele que respeita e até promove uma experiência mais comunitária, num regime democrático que venha a favorecer a participação de todos.

Frei Nilo Agostini, ofm

segunda-feira, 9 de junho de 2014

VIDA PÚBLICA E COMUNIDADE POLÍTICA.

O que nos diz o Catecismo da Igreja Católica?

“Os cidadãos devem, na medida do possível, tomar parte ativa na vida pública” (CIC 2239).

A comunidade política representa a realização mais completa da comunidade humana que possui um bem comum (cf. CIC 1910).

sábado, 7 de junho de 2014

CELEBRAMOS PENTECOSTES !

“O sopro recôndito do Espírito divino faz com que o espírito humano, por sua vez, se abra diante de Deus que se abre para ele com desígnio salvífico e santificante. Pelo dom da graça, que vem do Espírito Santo, o homem entra ‘numa vida nova’, é introduzido na realidade sobrenatural da própria vida divina e torna-se ‘habitação do Espírito Santo’, ‘templo vivo de Deus’ (cf. Rm 8,9; 1Cor 6,19). Com efeito, pelo Espírito Santo, o Pai e o Filho vêm a ele e fazem nele a sua morada (cf. Jo 14,23). Na comunhão de graça com a Santíssima Trindade, dilata-se ‘o espaço vital’ do homem, elevado ao nível sobrenatural da vida divina. O homem vive em Deus e de Deus, vive ‘segundo o Espírito’ e ‘ocupa-se das coisas do Espírito’”[1].

1. JOÃO PAULO II, Carta encíclica Dominum et Vivificantem, 6ª edição, São Paulo, Edições Paulinas, 2000, n° 58, p. 100-101.

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO EM 31 IDIOMAS







Português
Pai Nosso que estais nos Céus,

santificado seja o Vosso Nome,

venha a nós o Vosso Reino,

seja feita a Vossa vontade

assim na terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje,

perdoai-nos as nossas ofensas

assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido,

e não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos do Mal.


Africano
Ons Vader wat in die hemel is,

laat u Naam geheilig word;

laat u koninkryk kom;

laat u wil ook op die aarde geskied,

net soos in die hemel.

Gee ons vandag

ons daaglikse brood;

en vergeef ons ons oortredings

soos ons ook dié vergewe

wat teen ons oortree;

en laat ons nie in die versoeking kom nie

maar verlos ons van die Bose.


Árabe (Deve ser lido da direita para a esquerda)
أبانا الذي في السموات،

ليتقدّس اسمك، ليأتي ملكوتك.

لتكن مشيئتك، كما في السماء كذلك على الأرض.

أعطنا خبزنا كفاف يومنا. واغفر لنا زنوبنا وخطايانا،

كما نحن نغفر لمن أخطأ وأساء إلينا. ولا تُدخلنا في التجارب،

لكن نجّنا من الشرّير.

لك الملك، والقوة، والمجد، الى أبد الآبدين.

آمين


Aramaico (Tradução para o inglês)
Abbun dbashmayo, netquadash shmokh, titeh malkutock

nehweh sebyonokh, aykano dbasmayo of baro

hab lan lahmc dsunquonan yawmono

washbuq lan hawbayn wahtohayn

aykano dofhan shbaqn lhayobayn.

wlo telan lnesyuno, elo fason men bis

metul dilokhi malkuto

whaylo wteshbuhto lolan olmin.


Belga (Bélgica)
Onze Vader, die in de hemel zijt

geheiligd zij uw Naam

uw rijk kome

uw wil geschiede op aarde als in de hemel.

Geef ons heden, ons dagelijks brood

en vergeef ons onze schulden,

gelijk ook wij vergeven aan onze schuldenaren.

En leid ons niet in bekoring

maar verlos ons van het kwade.


Chinês
Wo men zai tian shang de fu

yuan ren dou zuen ni de ming wei sheng

Yuan ni de guo jiang lin

yuan ni de zhi yi xing zai di shang,

ru tong xing zai tian shang

Wo men ri yong de yin shi,

jin ri tsi gei wo men

Mian wo men de zhai,

ru tong wo men mian le ren de zhai

Bu jiao wo men yu jian shi tan,

jiu wo men tuo li xiung er.

yin wei guo du, chuan bing, rong yao,

chuan shi ni de, zhi dao yong yuan


Croata
Oce nas, koji jesi na nebesima,

sveti se ime tvoje.

Budi volja tvoja kako

i na zemlji tako i na nebu.

Daj nam danas kruh

nas svagdasnji i otpusti

nama duge nase kako

mi otpustamo duznicima nasim;

i ne uvedi nas u napast
nego izbavi nas od zla.


Tcheco
Otce nas, jenz jsi na nebesich,

posvet se jmeno tve,

prijd kralovstvi tve,

bud vule tva jako v nebi, tak i na zemi,

chleb nas vezdejsi dejz nam dnes

a odpust nam nase viny,

jakoz i my odpoustime nasim vinnikum.

A neuvod nas v pokuseni,

ale zbav nas vseho zleho,

nebot tve jest kralovstvi, i moc, i slava, na veky.


Dinamarquês
Vor Fader, du som er i Himlene!

Helliget vorde dit navn;

komme dit rige;

ske din vilje

på jorden, som den sker i Himmelen;

giv os i dag vort daglige brød;

og forlad os vor skyld,

som også vi forlader vore skyldnere;

og led os ikke ind i fristelse;

men fri os fra det onde;

thi dit er Riget og magten og æren i evighed!


Alemão
Onze vader die in de hemel zijt

Uw naam worde geheiligd.

Uw rijk kome.

Uw wil geschiede op aarde zoals in de hemel.

Geef ons heden ons dagelijks brood.

En vergeef ons onze schuld,

zoals wij ook aan anderen hun schuld vergeven.

En leid ons niet in bekoring,

maar verlos ons van het kwade.


Inglês
Our Father, who art in heaven,

Hallowed be thy Name.

Thy kingdom come.

Thy will be done,

On earth as it is in heaven.

Give us this day our daily bread.

And forgive us our trespasses,

As we forgive those who trespass against us.

And lead us not into temptation,

But deliver us from evil.


Esperanto
Patro nia, kiu estas en la ĉielo,

sanktigata estu Via nomo.

Venu Via regno.

Fariĝu Via volo,

kiel en la ĉielo, tiel ankaŭ sur la tero.

Nian panon ĉiutagan donu al ni hodiaŭ.

Kaj pardonu al ni niajn ŝuldojn,

kiel ankaŭ ni pardonas al niaj ŝuldantoj.

Kaj ne konduku nin en tenton,

sed liberigu nin de la malbono.


Finlandês
Isä meidän, joka olet taivaissa!

Pyhitetty olkoon sinun nimesi;

tulkoon sinun valtakuntasi;

tapahtukoon sinun tahtosi myös

maan päällä niinkuin taivaassa;

anna meille tänä päivänä

meidän jokapäiväinen leipämme;

ja anna meille meidän velkamme anteeksi,

niinkuin mekin annamme

anteeksi meidän velallisillemme;

äläkä saata meitä kiusaukseen;

vaan päästä meidät pahasta


Francês
Notre Père qui es aux cieux,

Que ton nom soit sanctifié,

Que ton règne vienne,

Que ta volonté soit faite,

Sur la terre comme au ciel.

Donne-nous aujourd’hui

Notre pain de ce jour.

Pardonne-nous nos offenses,

Comme nous pardonnons aussi

À ceux qui nous ont offensés.

Et ne nous soumets pas à la tentation,

Mais délivre-nous du mal.


Gipsy (Ciganos)
Tată nostru, še ješči pă nour!
Numilje tov să svăncăšči!

Vină ăm cara ata!

Fijă voje ata kum pă nour aša šă pa pămnt!

Pita nostră dănju astăs,

šă jărtă nji daturjilje noštri kum

ša noj jărtănj daturašilor anoštri,

šă nu nji ănširka ku njimik,

Numa skoči nji dăm rou!


Grego
Pater (h)emon (h)o en tois ouranois

(h)agiastheto to onoma sou

eltheto (h)e basileia sou

genetheto to thelema sou

(h)ws in ourano kai epi ges

Ton arton (h)emon ton epiousion dos (h)emin semeron

kai aphes (h)min ta opheilemata (h)mon

(h)os kai (h)emeis aphekamen tois opheiletais (h)mon

kai me eisenegkes (h)mas eis peirasmon

alla (h)rusai (h)mas apo tou ponerou


Húngaro
Mi Atyánk, aki a mennyekben vagy,

szenteltessék meg a Te neved,

jöjjön el a Te országod,

legyen meg a Te akaratod

amint a mennyben, úgy a földön is.

Mindennapi kenyerünket add meg nekünk ma,

és bocsásd meg vétkeinket,

miképpen mi is megbocsátunk az ellenünk vétkezõknek,

és ne vígy minket kísértésbe,

de szabadíts meg a gonosztól.


Indonésio
Bapa kami yang ada di surga,

dimuliakanlah nama-Mu,

datanglah kerajaan-Mu,

jadilah kehendak-Mu,

di atas bumi seperti di dalam surga.

Berilah kami rejeki pada hari ini

dan ampunilah kesalahan kami,

seperti kamipun mengampuni

yang bersalah kepada kami;

dan janganlah masukkan kami


Italiano
Padre nostro, che sei nei cieli,

sia santificato il tuo nome;

venga il tuo regno;

sia fatta la tua volontà,

come in cielo, così in terra.

Dacci oggi il nostro pane quotidiano

e rimetti a noi i nostri debiti,

come noi li rimettiamo ai nostri debitori,

e non ci indurre in tentazione,

ma liberaci dal male.


Japonês
Ten ni orareru watashitachi no Chichi yo,

mi-Na ga sei to saremasu yô ni.

mi-Kuni ga kimasu yô ni.

mi-Kokoro ga ten ni okonawareru tôri

chi ni mo okonawaremasu yô ni.

Watashitachi no higoto no kate wo

kyô mo o-atae kudasai.

Watashitachi no tsumi wo o-yurushi kudasai;

watashitachi mo hito wo yurushimasu.

Watashitachi wo yûwaku ni ochi-irasezu,

aku kara o-sukui kudasai.


Latim
Pater Noster, qui es in caelis,

sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum.

Fiat voluntas tua,

sicut in caelo, et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie.

Et dimitte nobis debita nostra, sicut

et nos dimittimus debitoribus nostris.

Et ne nos inducas in tentationem:

sed libera nos a malo.


Maltês
Mela itolbu hekk:

'Missierna, li inti fis-smewwiet,

jitqaddes ismek,

tigi saltnatek,

ikun li trid int, kif fis-sema, hekkda fl-art.

Hobzna ta' kuljum aghtina llum.

Ahfrilna dnubietna,

bhalma nahfru lil min hu hati ghalina.

U la ddahhalniex fit-tigrib,

izda ehlisna mid-deni.


Maori (Nova Zelândia)
E to matou matua i te rangi kia tapu tou ingoa

Kia tae mai tou rangatiratanga

Kia meatia tau e pai ai ki runga ki te whenua

Kia rite ano ki to rangi

Homai ki a matou aianei he taro ma matou mo tenei ra,

Murua o matou hara,

Me matou hoki e muru nei i o te hunga

e hara ana kia matou.

Aua hoki matou e kawea kia whakawaia,

engari whakaorangia matou i te kino

Nou hoki te rangatiratanga

Te Kaha me te Kororia

Ake, Ake, Ake.


Norueguês
Fader vår, du som er i himmelen!

Helliget vorde ditt navn;

komme ditt rike; skje din vilje,

som i himmelen, så og på jorden;

gi oss i dag vårt daglige brød;

og forlat oss vår skyld,

som vi og forlater våre skyldnere;

og led oss ikke inn i fristelse;

men fri oss fra det onde.

For ditt er riket og makten og æren i evighet.


Polonês
Ojcze nasz ktorys jest w niebie,

swiec sie imie Twoje,

przyjdz krolestwo Twoje,

badz wola Twoja,

jako w niebie tak i na ziemi,

chleba naszego powszedniego daj nam dzisiaj,

odpusc nam nasze winy jako

i my odpuszczamy naszym winowajcom

i nie wodz nasz na pokuszenie

ale nas zbaw ode zlego.


Romeno
Tatăl nostru care eşti în ceruri, sfinţească-se numele tău;

vie împărăţia ta; facă-se voia ta,

precum în cer aşa şi pe pământ.

Pâinea noastră,

cea de toate zilele,

dă-ne-o nouă astăzi;

şi ne iartă nouă greşelile noastre,

precum şi noi iertăm greşiţilor noştri;

şi nu ne duce pe noi în ispită,

ci ne mântuieşte de cel rău.


Russo
Отче наш, сущий на небесах! да святится имя

Твоё да придёт Царство Твоё; да будет воля

Твоя и на земле, как на небе;

хлеб наш насущный дай нам на сей день;

и прости нам долги наши,

как и мы прощаем должникам нашим;

и не введи нас в искушение,

но избавь нас от лукавого.

Ибо Твоё есть Царство

и сила и слава во веки.


Espanhol
Padre nuestro, que estás en el cielo,

santificado sea Tu Nombre;

venga a nosotros Tu reino;

hágase Tu voluntad en la tierra como en el cielo.

Danos hoy nuestro pan de cada día;

perdona nuestras ofensas,

como también nosotros perdonamos

a los que nos ofenden;

no nos dejes caer en la tentación,

y líbranos del mal.


Swahili (Africa)
Baba yetu uliye mbiguni,

jina lako lisifiwe

Ufalma wako ufike

Mapenzi yako

yafanyiwe duniani kama mbingui.

Utupe leo chakula cha kila siku

Utusamehe mokasa jyetu kama

tunavyosamake waliotukosea.

Usituache kushindwa na kishawishi

Lakini utuopoe katika maovu.


Sueco
I skolen alltså bedja sålunda:

'F ä der vår, som är i himmelen! Helgat varde ditt namn;

tillkomme ditt rike;

ske din vilja,

såsom i himmelen så ock på jorden;

vårt dagliga bröd giv oss i dag;

och förlåt oss våra skulder,

såsom ock vi förlåta dem oss skyldiga äro;

och inled oss icke i frestelse,

utan fräls oss ifrån ondo ty riket är ditt och

makten och härtligheten i evighet.


Turco
Göklerdeki Babamýz,

adýn kutsal kýlýnsýn.

Egemenliðin gelsin.

Gökte olduðu gibi,

yeryüzünde de senin istediðin olsun.

Bugün bize gündelik ekmeðimizi ver.

Bize karþý suç iþleyenleri baðýþladýðýmýz gibi,

sen de bizim suçlarýmýzý baðýþla.

Ayartýlmamýza izin verme.

Kötü olandan bizi kurtar.


Fonte: http://www.santuariodojaragua.com.br/Internas/PaiNosso.htm