Deus, na interpenetração e intercomunicação das pessoas divinas, torna-se fonte e expressão da mais vívida comunidade . Sem se anularem, os Três convergem um para o outro na força do amor que os pervade, gerando a comunhão em relações sempre ternárias, num ser Pessoa com as outras Pessoas e nas outras Pessoas, sem se reduzir uma às outras. Há uma unicidade e uma irredutibilidade de uma para com as outras Pessoas, base para a comunhão, a reciprocidade e a mútua revelação. “O todo da Trindade não elimina a peculiaridade ternária e esta não descaracteriza o todo. Ambas as dimensões se enriquecem porque usufruem mútua e plenamente das relações todas em ativa comunhão” (1).
A Trindade, por sua vez, não é uma comunidade fechada em si mesma. Expande-se em todo o criado e, de maneira especial, a pessoa humana é chamada a ser participante desta comunhão transbordante. Vejamos a oração sacerdotal de Jesus: “Que todos sejam um, ó Pai, como tu estás em mim e eu em ti, para que eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21). O Deus Uno-Trino é o modelo proposto, o protótipo, por analogia e não por identificação, da verdadeira comunidade humana, fundamento de toda sociabilidade. E o ser humano, criado à imagem de Deus, sente-se chamado a viver esta comunhão. Tem no encontro do masculino e do feminino e na relação entre pais e filhos o primeiro e principal triângulo antropológico, no qual a pessoa é solicitada na sua globalidade para uma comunhão, que é à imagem de Deus. Aí está “o modelo da u-topia que aproxima a história das pessoas humanas à realidade de Deus” (2).
Notas:
A Trindade, por sua vez, não é uma comunidade fechada em si mesma. Expande-se em todo o criado e, de maneira especial, a pessoa humana é chamada a ser participante desta comunhão transbordante. Vejamos a oração sacerdotal de Jesus: “Que todos sejam um, ó Pai, como tu estás em mim e eu em ti, para que eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21). O Deus Uno-Trino é o modelo proposto, o protótipo, por analogia e não por identificação, da verdadeira comunidade humana, fundamento de toda sociabilidade. E o ser humano, criado à imagem de Deus, sente-se chamado a viver esta comunhão. Tem no encontro do masculino e do feminino e na relação entre pais e filhos o primeiro e principal triângulo antropológico, no qual a pessoa é solicitada na sua globalidade para uma comunhão, que é à imagem de Deus. Aí está “o modelo da u-topia que aproxima a história das pessoas humanas à realidade de Deus” (2).
Notas:
1. RIBEIRO, Hélcion, A condição humana e a solidariedade cristã, Petrópolis, Editora Vozes, 1998, p. 89.
2. Ibidem, p. 94.
Extrato do livro de AGOSTINI, Nilo. Introdução à Teologia Moral: O grande Sim de Deus à vida. 3ª edição. 1ª reimpressão, Petrópolis: Vozes, 2016, p. 111-112
2. Ibidem, p. 94.
Extrato do livro de AGOSTINI, Nilo. Introdução à Teologia Moral: O grande Sim de Deus à vida. 3ª edição. 1ª reimpressão, Petrópolis: Vozes, 2016, p. 111-112