No tocante à espiritualidade, encontramo-nos hoje numa encruzilhada entre visões herdadas do passado, aquelas do momento presente e outras em gestação.
Do passado, trazemos a cosmovisão do mundo repleto do divino, compondo uma ordem estabelecida, na qual cada elemento tinha o seu lugar. A espiritualidade respirava a onipresença de Deus, numa heteronomia ampla e difusa. Esta visão contribuiu para a edificação de uma ordem estabelecida marcada pela uniformidade e unanimidade, na qual padrões, papéis, ritos, costumes etc eram pré-estabelecidos. Porém, tal visão era vivida de maneira dualista, sendo a espiritualidade uma realidade separada do corpóreo e do material. O encontro dos seres humanos com Deus (spiritualitas, como já aparece no séc. V) vinha “talhado” pela dicotomia corpo e alma. Numa visão herdada dos gregos e dos próprios maniqueus, o corpo constituía-se numa prisão da alma. Portanto, a vida espiritual era uma constante busca de libertar-se da vida material, degradada, com um cuidado/suspeita constante das relações corporais, recaindo sobre a sexualidade uma visão fortemente pejorativa. Compreendemos, então, que se tenha cultivado uma visão preponderantemente negativa com relação ao humano, ao mundo, ao corpo, à matéria etc.
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Do passado, trazemos a cosmovisão do mundo repleto do divino, compondo uma ordem estabelecida, na qual cada elemento tinha o seu lugar. A espiritualidade respirava a onipresença de Deus, numa heteronomia ampla e difusa. Esta visão contribuiu para a edificação de uma ordem estabelecida marcada pela uniformidade e unanimidade, na qual padrões, papéis, ritos, costumes etc eram pré-estabelecidos. Porém, tal visão era vivida de maneira dualista, sendo a espiritualidade uma realidade separada do corpóreo e do material. O encontro dos seres humanos com Deus (spiritualitas, como já aparece no séc. V) vinha “talhado” pela dicotomia corpo e alma. Numa visão herdada dos gregos e dos próprios maniqueus, o corpo constituía-se numa prisão da alma. Portanto, a vida espiritual era uma constante busca de libertar-se da vida material, degradada, com um cuidado/suspeita constante das relações corporais, recaindo sobre a sexualidade uma visão fortemente pejorativa. Compreendemos, então, que se tenha cultivado uma visão preponderantemente negativa com relação ao humano, ao mundo, ao corpo, à matéria etc.
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