A Liturgia é obra da Santíssima Trindade na celebração da Obra
da Salvação realizada por Cristo comemorada pela Igreja. Assim, podemos dizer
que o Centro da Liturgia é Jesus Cristo, seus mistérios, sintetizados no
mistério pascal de sua morte e ressurreição.
Toda celebração litúrgica
da Igreja, a celebração dos sacramentos ou outras celebrações dos mistérios de
Cristo, sempre fazem memória de Jesus Cristo. Tudo deve, pois, convergir para
Cristo e nada desviar deste Centro.
Quem representa ritualmente
esse Centro, nas celebrações?
São pessoas ou coisas que
representam Cristo, como diz o número a Sacrosanctum Concilium: “Para
levar a efeito obra tão importante Cristo está sempre presente em sua Igreja,
sobretudo nas ações litúrgicas. Presente está no sacrifício da missa, tanto na
pessoa do ministro, ‘pois aquele que agora oferece pelo ministério dos
sacerdotes é o mesmo que outrora se ofereceu na Cruz’, quanto, sobretudo, sob
as espécies eucarísticas. Presente está pela sua força nos sacramentos, de tal forma
que quando alguém batiza é Cristo mesmo que batiza. Presente está pela sua
Palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se leem as Sagradas Escrituras na
igreja. Está presente finalmente quando a Igreja ora e salmodia, Ele que
prometeu: ‘Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio
deles’ (Mt 18,20)” (SC 7).
Cristo, que está presente e
age pelo seu Espírito na Sagrada Liturgia, manifesta-se, portanto, de vários
modos. 1. Nas sagradas espécies do pão, e do vinho com água. Daí,
a sacralidade do momento da apresentação dos dons, da preparação do altar, da
consagração e da Sagrada Comunhão. 2. No ministro. Mas, o
ministro que, nos principais sacramentos é o sacerdote, está a serviço da
Liturgia e da assembleia. Ele não pode e não deve ser o centro das atenções.
Ele preside em nome de Cristo e representa Cristo. “Quando celebra a
Eucaristia, ele deve servir a Deus e ao povo com dignidade e humildade, e, pelo
seu modo de agir e proferir as palavras divinas, sugerir aos fiéis uma presença
viva de Cristo” (IGMR, n. 93). Os fiéis não irão participar da Missa por causa
deste daquele padre, mas por causa de Cristo. Portanto, nada de vedetismo ou de
showman. 3. Está presente na Palavra. O leitor não é o
centro, mas é Cristo que está falando. Ele está a serviço da Palavra de Deus.
Que sublime ministério o de proclamar a Palavra de Deus na assembléia
celebrante! 4. Na assembléia. A assembléia constitui o
Corpo de Cristo, formado de muitos membros, mas formando um só corpo. Daí as
ações comuns da assembleia na celebração, as posições comuns do corpo, os
gestos e as palavras. Todos os demais ministérios também devem expressar a
presença de Cristo que serve. Pensemos diáconos; depois, no salmista, nos
acólitos, nos coletores, no comentarista, no grupo de cantores, no animador do
canto, nos instrumentistas. Todos devem lembrar Cristo e servir a Cristo,
servindo à assembléia. 5. O espaço celebrativo, a igreja. Nela
existem, sobretudo, três centros, sinais da presença e da ação de Cristo, a
serviço da assembleia, e nos quais se concentra a atenção da mesma. São eles o
altar que é Cristo, o ambão, em que a Palavra é Cristo, e a cadeira do
Presidente, que age em nome de Cristo. Temos, portanto, o Cristo presente no
altar, na mesa da Palavra e cadeira de presidência. O centro de convergência de
todo o espaço deverá ser, pois, o altar.
Tudo fala de Cristo, tudo
deve transmitir um clima sagrado de nobre simplicidade. O altar é despojado,
coberto de ao menos uma toalha de cor branca, a cor sacerdotal. Não pode ser um
depósito de tudo quanto é bugiganga. Tudo estará centralizado em Cristo Jesus.
Fonte: Este texto é fruto de um Curso de formação ministrado por Frei Alberto Beckhäuser, ofm, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário que faz parte da Arquidiocese de Vitória – ES. Sua a administração está sob os cuidados dos frades franciscanos, da Ordem do Frades Menores (OFM). Acesso: http://paroquiadorosario.com/2017/11/08/jesus-cristo-o-centro-da-sagrada-liturgia/
Fonte: Este texto é fruto de um Curso de formação ministrado por Frei Alberto Beckhäuser, ofm, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário que faz parte da Arquidiocese de Vitória – ES. Sua a administração está sob os cuidados dos frades franciscanos, da Ordem do Frades Menores (OFM). Acesso: http://paroquiadorosario.com/2017/11/08/jesus-cristo-o-centro-da-sagrada-liturgia/
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