Fonte: V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, "Documento de Aparecida" n. 44 e 356.
Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus [...] . Surge hoje, com grande força, uma sobrevalorização da subjetividade individual [...]. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço, dando papel primordial à imaginação [...]. Deixa-se de lado a preocupação pelo bem comum para dar lugar à realização imediata dos desejos dos indivíduos, à criação de novos e muitas vezes arbitrários direitos individuais, aos problemas da sexualidade, da família, das enfermidades e da morte .
A vida nova de Jesus Cristo atinge o ser humano por inteiro e desenvolve em plenitude a existência humana ‘em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural’ [...]. Só assim será possível perceber que Jesus Cristo é nosso salvador em todos os sentidos da palavra [...]. A vida em Cristo inclui a alegria de comer juntos, o entusiasmo para progredir, o gosto de trabalhar e aprender, a alegria de servir a quem necessite de nós, o contato com a natureza, o entusiasmo dos projetos comunitários, o prazer de uma sexualidade vivida segundo o Evangelho, e todas as coisas com as quais o Pai nos presenteia como sinais de seu sincero amor .
sábado, 28 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
ÉTICA, COMPROMISSO E HONESTIDADE
Frei Nilo Agostini
Não bastam palavras, é preciso vivê-las.
Não basta fé, é preciso praticá-la.
Ética é para ser vivida, não é enfeite!
Urge sermos responsáveis, aliando compromisso e honestidade.
Isto requer respeito das pessoas, coerência nas relações, transparência em tudo o que fazemos.
A ética identifica direitos, sem fugir dos deveres; desmascara os ídolos e seus fetiches; combate a corrupção; enxerga as pessoas no face a face e defende a vida.
A ética aponta sempre para o valor da dignidade humana, valorizando o ser humano em todas as suas dimensões,
por inteiro; leva-nos a proteger o fraco e a promover os pobres, numa inclusão de todos no banquete da vida.
Não bastam palavras, é preciso vivê-las.
Não basta fé, é preciso praticá-la.
Ética é para ser vivida, não é enfeite!
Urge sermos responsáveis, aliando compromisso e honestidade.
Isto requer respeito das pessoas, coerência nas relações, transparência em tudo o que fazemos.
A ética identifica direitos, sem fugir dos deveres; desmascara os ídolos e seus fetiches; combate a corrupção; enxerga as pessoas no face a face e defende a vida.
A ética aponta sempre para o valor da dignidade humana, valorizando o ser humano em todas as suas dimensões,
por inteiro; leva-nos a proteger o fraco e a promover os pobres, numa inclusão de todos no banquete da vida.
A COPA DO MUNDO É PECADO?
Por Pe. Valdecir Luiz Cordeiro
Fonte:
http://www.paulus.com.br/portal/colunista/valdecir-cordeiro/a-copa-do-mundo-e-pecado.html#.U6lqc5RdWYE
Uma pessoa me advertiu, em
nome de sua fé cristã, que “a Copa é do mundo”, ressaltando, com a expressão “édo” mundo, o
caráter mundano e supostamente pecaminoso do campeonato mundial de futebol. Mas
será que a Copa é pecado? Dá para torcer sem culpa?
A
verdade é que, descontadas as vicissitudes eventualmente presentes na
organização e no decorrer do evento, no centro da Copa está a dimensão lúdica
do ser humano, que deve ser valorizada. Até o Papa é torcedor.
O jogo, entendido
como brincadeira, é coisa de Deus. O livro dos Provérbios afirma que a
Sabedoria de Deus brinca, joga (8,22-33). Enquanto Deus criava o mundo, a sua
Sabedoria “brincava sobre a superfície da terra” (8,31). Por conseguinte, não
faz sentido dizer que o jogo é pecado, pois a dimensão lúdica explicita o
caráter relacional da humanidade, a gratuidade e a novidade, que são dons de
Deus.
O jogo é
relacional. Ninguém joga sozinho, nem
mesmo Deus. Isto fica claro na relação entre Deus e o mundo criado. Ao decidir
criar, Deus se dispõe livremente a jogar com a sua criação.
Esvazia-se
de sua onipotência e onipresença para permitir a existência das criaturas.
Para jogar com as
criaturas, Deus respeita as leis da natureza. Do ponto da vista da ética, o
jogo de Deus se dá no reconhecimento do outro. O desejo de ilimitação é o
anti-jogo, pois elimina o outro ao negar o caráter relacional da existência
humana.
O jogo é
esvaziamento de si e abertura para o outro. O individualismo, que se
materializa na falta de entrosamento, e a brutalidade, que se manifesta nas
faltas graves, são atitudes a serem refreadas em prol do bom jogo.
Neste
sentido, a Copa pode ser vista como uma grande expressão do reconhecimento da
diversidade dos povos, sintetizada em cada jogo.
No jogo, a vitória
não anula o rival, o vencido não absolutiza o vencedor. O jogo é como um rio.
Os rivais são as margens que ladeiam o fluxo caudaloso do jogo. A limitação do
tempo, materializada no apito final, cria a noção de vitória da qualidade sobre
a mediocridade. Uma metáfora do fim último da existência, quando todo o amor
vivido se manifestará em plenitude.
O jogo é
gratuidade. É significativo, mas
não necessário. O jogo – a brincadeira – é graça. A liberdade de Deus diante da
criação nos ajuda a compreender o assunto. A criação não é simplesmente uma
obra situada num passado primordial, levada a cabo por um Ser onipotente. Fosse
assim, tudo estaria pronto e acabado. Mas não.
O jogo da criação se
prolonga na história mediante a colaboração entre Deus e os seres humanos. É um
jogo, uma brincadeira, pois nenhum dos parceiros está obrigado a jogar.
Assim são também as
brincadeiras das crianças nos intervalos das aulas, na escola, bem como
qualquer jogo. Ninguém é obrigado a entrar na pelada de futebol. E se for, o
jogo perde a graça.
O jogo é
novidade. Não é possível planejar e
prever tudo. Jamais um jogo se repetirá. Há enorme espaço para a criatividade.
O planejamento, o esquema tático, é uma poderosa força sobre o talento, como as
leis naturais que mantém a posição dos astros nas galáxias. Mas, quando o jogo
é jogado, brilha a estrela dos craques. Até mesmo jogadores medianos podem
brilhar. É o triunfo da criatividade sobre a enorme força dos esquemas e
protocolos que aprisionam o espírito.
A
conjugação dessas três dimensões – reconhecimento da alteridade, afirmação da
gratuidade e abertura à novidade – torna o jogo uma atividade altamente
humanizadora.
O reconhecimento do
outro, inerente ao jogo, pode ser visto como um elemento de resistência a certo
tipo de globalização econômica que massifica e domina os povos. Paradoxalmente,
o jogo é a rebeldia do espirito humano contra o “padrão Fifa”.
Há
enorme peso da padronização na Copa. O idioma oficial, os protocolos, o mesmo
tempo reservado ao hino nacional de cada seleção, ignorando que cada hino tem
seu tempo, porque cada nação tem sua história etc. Mas, no jogo, cada time é um
time, cada torcida, uma torcida. O jogo é a síntese das diferenças.
A gratuidade do
jogo, a não obrigação de jogar, o fazer por brincadeira, é um elemento
essencial para que o jogo não seja mera euforia social. A atividade lúdica é
resistência à tendência do sistema a reduzir o ser humano à rotina do chão de
fábrica. O jogo transcende esse mundo altamente organizado e estruturado por
rígidas leis administrativas. O jogo é flexível, nele o homem cria o
inesperado, o espetáculo, o gol.
domingo, 22 de junho de 2014
AS VIRTUDES: DESCUBRA O TESOURO DO "SER VIRTUOSO"!
Frei Nilo Agostini, OFM
Autor do livro:
Moral cristã: Temas para o dia a dia. 5ª edição. Petrópolis (Brasil): Editora Vozes, 2010.
SER VIRTUOSO!
As
virtudes são os fundamentos de uma vida em comunhão com Deus e com os irmãos.
Pessoas virtuosas são firmes na prática, porque uma força as habita por inteiro
e dá unidade à sua vida. Elas são virtuosas. Não se trata apenas de ter virtudes, mas de ser virtuoso ou virtuosa. A pessoa
virtuosa não é hoje uma e amanhã outra. Ela é uma e mesma sempre. Tem
estabilidade no agir; é segura nos seus objetivos; demonstra tranqüilidade,
alegria e leveza no seu modo de ser. A lista clássica distingue as virtudes
humanas ou morais e as virtudes teologais. As virtudes morais são quatro: a
prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. As virtudes teologais são
três: a fé, a esperança e a caridade
(ou amor).
Frei Nilo Agostini, OFM
Prudente
é aquela pessoa que busca o verdadeiro bem e sabe escolher os meios adequados
para realizá-lo. A pessoa prudente sabe examinar tudo e ficar com o que é bom.
Sabe distinguir o que presta e o que não presta. Não se deixa enrolar pelo que
é mentiroso, falso, indigno ou malicioso. Fica com o que é verdadeiro, digno,
justo, honesto, virtuoso. Prudente é
aquela pessoa que
sabe discernir entre o bem e o mal. E, além disso, se decide pelo bem e age
conforme o bem. A pessoa que cultiva a prudência torna-se uma pessoa crítica,
naquele sentido de saber separar as coisas, como a mulher que cata arroz na
peneira; ela examina tudo para ver o que presta; ela acaba jogando
fora
o que não presta.
Frei Nilo Agostini, OFM
A VIRTUDE DA JUSTIÇA
A
justiça dá a cada um o lhe é devido. O livro da Sabedoria (8,7) nos diz: “Se alguém
ama a justiça, saiba que as virtudes são fruto de seus esforços: ela ensina a
temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza”. Hoje, sabemos como
é importante cultivar esta virtude. Cresce a consciência da necessidade da
justiça. Só que de nada vale só ficar no discurso. É necessário agir. Sabemos
que a justiça aponta para direitos e deveres. Supõe uma ação responsável. Além
disso, significa superar toda forma de preconceitos entre pessoas;
sobretudo, superar toda forma de discriminação das pessoas por causa do sexo,
da cor, da raça ou da classe social. A virtude da justiça leva a sermos
solidários, especialmente para com os mais necessitados.
Frei Nilo Agostini, OFM
A VIRTUDE DA FORTALEZA
A pessoa que cultiva a fortaleza é segura nas dificuldades e firme na procura do bem. Tem coragem de viver, resiste às tentações, supera os obstáculos, vence o medo, suporta as provações e perseguições; chega até a renunciar à própria vida por uma causa justa. Esta virtude aponta para aquela energia que atravessa as pessoas por inteiro, levando-as a agir com decisão. Através da fortaleza, as pessoas não deixam a agressividade tomar conta; sabem canalizá-la para fazer coisas boas. A pessoa que cultiva esta virtude não desiste diante das dificuldades, é capaz de esquecer o passado, espera até que as feridas fiquem curadas e não se deixa tomar pelos experiências que deram errado na vida. Vai em direção ao que busca, persevera, segue firme.
Frei Nilo Agostini, OFM
A
temperança é a virtude que modera a atração pelos prazeres e equilibra o uso
dos bens. A pessoa virtuosa sabe dar direção aos instintos e mantém seus desejos
dentro daquilo que é honesto. Por esta virtude, busca-se o justo equilíbrio,
evitando os excessos. É isso que faz uma cozinheira quando tempera a comida;
ela lhe dá aquele gosto que dá até água na boca. Assim é a virtude da
temperança; ela lembra o gosto pela vida e a alegria de viver. Equilibra as
energias que carregamos. Nos faz superar aqueles desequilíbriosque
funcionam como destemperos que chegam a dar até náuseas. Nós somos
como cavaleiros que, montados nos desejos e impulsos, usamos o cabresto,
o freio e as rédeas; sabemos mantê-los sob domínio, podendo viajar
sem tropeço ou queda.
Frei Nilo Agostini, OFM
FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE
Estas
são as virtudes teologais. Elas apontam para a raiz do ser cristão. Aqui está a originalidade cristã. Elas fortificam o
agir moral e animam todas as demais virtudes. A fé é a virtude que nos liga a
Deus numa entrega confiante. Abre-nos à Luz que é Jesus Cristo, fonte da vida.
A fé opera pela caridade e
liga o crer e o amar, a fé e as obras. Leva à prática, criando solidariedade e
comunhão entre as pessoas, fortalecendo o compromisso com a comunidade. A
fé e o amor ou a caridade fortificam a esperança. Torna-nos capazes
de resistir, de esperar, de crer, não temendo nem a própria morte.
A
certeza do amor de Deus em Cristo nos dá a segurança de que “em tudo vencemos
graças àquele que nos amou” (Rm 8,38).
Frei Nilo Agostini, OFM
VIRTUDES: ESPÍRITO EM AÇÃO
“A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum” (1Cor
12,7). “O amor de Deus se derramou em nossos corações pelo Espírito Santo, que
nos foi dado” (Rm 5,5). Com estes textos, podemos traduzir as virtudes como a
força de Deus, derramada pelo seu Espírito. Esta comunicação da força de Deus
faz com que o ser virtuoso, que
define o ser cristão, possa ser identificado como viver segundo o Espírito. Portanto, nas virtudes está em ação o
dinamismo do Espírito Santo. Não cabe a nós querermos controlar a sua ação.
Igualmente, não há como ficar de braços cruzados ante o seu sopro. O cristão
virtuoso sente-se, portanto, impulsionado
a viver como Jesus e a ir na direção que o Espírito indicar.
Frei Nilo Agostini, OFM
quinta-feira, 19 de junho de 2014
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO NA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI
Basílica São João de Latrão
Quinta-feira, 19 de junho de 2014
Tradução: Liliane Borges
“O Senhor, vosso Deus, vos nutriu com o maná, que vós não conhecíeis” (Dt 8,2)
Estas palavras de Moisés referem-se a história de Israel, que Deus tirou do Egito, da condição de escravidão, e por quarenta anos guiou no deserto em direção à terra prometida. Uma vez estabelecido na terra, o povo eleito chega a uma certa autonomia, um certo bem-estar, e corre o risco de esquecer os tristes acontecimentos do passado, superados pela intervenção de Deus e Sua infinita bondade. Por isso, as Escrituras os exortam a recordar, fazer memória de todo o caminho feito no deserto, no tempo de fome e desconforto. O convite de Moisés é o do retorno ao essencial, à experiência da total dependência de Deus, quando a sobrevivência foi confiada em suas mãos, para que o homem compreendesse que “ele não vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca do Senhor “(Dt 8, 3).
Além da fome física que homem traz dentro de si, há uma outra fome, uma fome que não pode ser satisfeita com alimentação normal. É a fome de vida, fome de amor, fome de eternidade. E o sinal do maná – como toda a experiência do Êxodo – continha em si também esta dimensão: era a figura de um alimento que satisfaz esta fome profunda que há no homem. Jesus nos dá esse alimento, mais do que isso, é Ele mesmo o pão vivo que dá vida ao mundo (cf. Jo 6,51). Seu corpo é verdadeira comida sob as espécies do pão; o Seu sangue é verdadeiramente bebida sob as espécies do vinho. Não se trata apenas de um alimento com o qual saciar os nossos corpos, como o maná; o Corpo de Cristo é o pão dos últimos tempos, capaz de dar vida, e vida eterna, porque a substância deste pão é o Amor.
Na Eucaristia se comunica o amor de Deus por nós: um amor tão grande que nos alimenta com o Seu próprio ser; amor gratuito, sempre disponível a cada pessoa com fome e necessitada de revigorar suas forças. Viver a experiência da fé significa deixar-se nutrir pelo Senhor e construir a própria existência não sobre bens materiais, mas sobre a realidade que não perece: os dons de Deus, a Sua Palavra e Seu Corpo.
Se olharmos à nossa volta, percebemos que há tantas ofertas de alimentos que não são do Senhor e que, aparentemente, satisfazem mais. Alguns são nutridos pelo dinheiro, outros com sucesso e a vaidade, outros com poder e orgulho. Mas a comida que nos alimenta e que realmente nos satisfaz é apenas aquela que o Senhor nos dá! O alimento que o Senhor nos oferece é diferente dos outros, e talvez ele não pareça tão saboroso como os alimentos que nos oferece o mundo. Por isso, sonhamos com outras refeições, como os judeus no deserto, que lamentavam pela carne e as cebolas que comiam no Egito, mas eles esqueceram que as refeições eram feitas na mesa da escravidão. Eles, nos momentos de tentação, tinham memória, mas uma memória doente, uma memória seletiva.
Cada um de nós, hoje em dia, pode perguntar-se: e eu? Onde gostaria de comer? Em qual mesa eu quero me alimentar? Na mesa do Senhor? Ou sonho em comer alimentos saborosos, mas na escravidão? Qual é a minha memória? Aquela que o Senhor me salva, ou aquela do o alho e das cebolas da escravidão? Com qual memória sacio a minha alma?
O Pai nos diz: “Eu te alimentei com o maná que você não conhecia”. Recuperamos a memória e aprendamos a reconhecer o pão falso que ilude e corrompe, porque é fruto do egoísmo, da autossuficiência e do pecado.
Daqui a pouco, na procissão, nós seguiremos Jesus realmente presente na Eucaristia. A Hóstia é o nosso maná, mediante a qual o Senhor no dá a Si mesmo. A Ele nos dirijamos com confiança: Jesus, defenda-nos das tentações do alimento mundano que nos torna escravos; purifica a nossa memória, para que não permaneça prisioneira na seletividade egoísta e mundana, mas seja memória viva de tua presença na história de seu povo, memória que se faz “memorial” do teu gesto de amor redentor. Amém.
Fonte: http://papa.cancaonova.com/homilia-do-papa-na-solenidade-de-corpus-christi/
sexta-feira, 13 de junho de 2014
VIDA DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA - Homem do Evangelho e da Solidariedade
Fonte:
Mensageiro de Santo Antônio – Junho de 1999
Fernando nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de
agosto de 1191. Seus pais eram de nobre linhagem: Fernando Martins Afonso de
Bulhões e Maria Taveira. Moravam bem de frente à catedral. Nessa escola
episcopal, Fernando recebeu a instrução cristã e elementar. Adolescente ainda
entrou para o seminário dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, de onde ele
mesmo pediu transferência para Coimbra (a quase 200 quilômetros de distância) a
fim de continuar seus estudos. com mais sossego, sem a atrapalhação das
contínuas visitas de parentes e amigos que queriam persuadi-lo a desistir da
"sua" vocação. Fernando era um jovem que sabia o que queria:
dedicar-se de corpo e alma a Deus e aos estudos da Bíblia Sagrada. Na cidade
universitária - Coimbra porém, ele encontrou uma outra dificuldade no seu
desejo de seguir em radicalidade a Palavra de Deus. Na época, o mosteiro de
Santa Cruz, onde morava e estudava, era palco de intrigas, fuxicos e brigas por
bens materiais entre prelados e reis, monges e leigos. Fernando se empenhou
fortemente por estar alheio a toda essa dura, mas triste realidade. Mais do que
nunca, dedicouse a seus estudos escriturísticos e ao seu crescimento
espiritual. Um dia encontrou-se com 5 frades franciscanos. Amor à primeira
vista: viu neles todo o Evangelho vivido na simplicidade, na alegria, na
humildade e na generosidade.
Estavam de saída para Marrocos, para pregar a
"PAZ" e o "BEM", como dizia o fundador deles, Francisco de Assis,
ainda vivo, na Itália. Tempos depois, diante das relíquias dos 5 primeiros
mártires franciscanos, Fernando não teve mais dúvidas: trocou todo aquele
aparato clerical cheio de hipocrisia que ele conhecia pela simplicidade do
Evangelho vivido na fraternidade e no anúncio do Reino de Deus a povos pagãos.
Trocou até o nome. De Fernando passou a ser chamado Antônio, frei Antônio e,
jovem ainda, teve um só desejo: morrer mártir como aqueles 5 frades e "merecer,
assim, junto com eles, a coroa da glória."
Não havia soado ainda, a hora de Deus! O homem
propõe. Deus dispõe. Uma febre sem tamanho, na África, deixou-o prostrado meses
na cama. Aos poucos também aprende com que fadiga! - a seguir o projeto de
Deus. Decide voltar a Portugal, sua terra natal. Qual novo Pentecostes, porém,
os ventos sopram seu navio na direção da Itália e ali ele começa colocar-se
definitivamente nos passos de Deus. Na grande reunião dos frades (3.000) em
Assis, encontra-se com Francisco, com milhares de irmãos que seguiam o mesmo
ideal e, mais tarde, com Clara de Assis... Mudança radical na sua vida, no seu
desejo. Antônio não toma mais ' a iniciativa talvez pela decisão dura e
pedagógica de Marrocos -, mas se entrega incondicionalmente, embora também com
certo medo, nas mãos de Deus. Terminada a grande assembléia, em maio de 1221,
escolhe o silêncio: nada mais diz sobre sua preparação, seus estudos, sua
competência. Ninguém o conhece. Ninguém se interessa por ele. "As
almas humildes - escreverá mais tarde com conhecimento de causa -, desconhecidas
e felizes por serem esquecidas, são aquelas que imitam mais perfeitamente a
vida escondida de Jesus de Nazaré" (Sermões). E, assim, a pedido
de frei Graciano, ministro provincial da Romanha, no centro da Itália, lá vai
frei Antônio fazer parte de um conventinho eremitério situado no cimo do Monte Paulo. Como
sacerdote, reza missa aos confrades, mas faz outros serviços necessários à
comunidade, como lavar pratos, cuidar da horta, da limpeza, etc.
Dedica-se a longos tempos de oração - contemplação,
jejum e penitência. “Em águas turvas, escreverá mais tarde, não
se vê espelhado o próprio rosto. Se quiseres que o rosto de Cristo se espelhe
em ti, sai do barulho das coisas e guarda tranqüila tua alma" (Sermões).
Finalmente chega a hora de Antônio, que é a hora de
Deus. Na cidade de Forli, durante uma ordenação sacerdotal, na catedral lotada
de padres, irmãs, freis e fiéis, é convocado pelo superior a fazer a pregação.
Daqueles lábios há tanto tempo calados surgem, de repente, como de uma fonte
viva de água cristalina, as palavras mais comoventes, os exemplos mais
convincentes, os estímulos mais penetrantes. Todos, do bispo ao provincial frei
Graciano, dos frades às irmãs, dos padres aos fiéis, todos ficam admirados
pela eloqüência, pela sabedoria e pela profundidade daquele frade até então
desconhecido. Dali para frente, todos chamam a frei Antônio e ele passa a
percorrer as estradas, sobretudo as do norte da Itália e as do sul da França e,
nos últimos anos, (1229-1231), os caminhos de Pádua, anunciando o Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Percorrendo as estradas da Europa, frei Antônio
percebe a fraqueza do povo na prática da fé, vítima às vezes das inúmeras
heresias e erros da época. Francisco o admira e envia-lhe um bilhete pedindo que
a mesma sabedoria que lhe deu uma profunda experiência de Deus, ele a transmita
a seus confrades.
"A frei Antônio, meu bispo: Saudações!
Muito me agrada que tu ensines a sagrada teologia aos frades, contanto que não
se extinga o espírito da santa oração e devoção ao qual tudo deve estar
submisso, conforme está escrito na Regra frei Francisco".
Coisa admirável, maravilhosa. Antonio unia em si a
sabedoria e a humildade, a cultura e a simplicidade, a oração e a caridade.
Confrades e povo o "adoravam" nesse sentido. Tão alto em sua cultura
e tão simples no trato com a gente, Doutor da Igreja e amigo dos simples e dos
pobres! E o povo ouve suas palavras. Segue seus conselhos. Sente-se
reconfortado em suas lutas. Crianças são por ele abraçadas e abençoadas. Mulheres
e esposas são defendidas em seus direitos. Lares são reunidos pela força do
amor que ele tão bem sabe suscitar.
E o povo continua a contar: "a mula se
ajoelhou diante da Eucaristia. O coração avarento foi encontrado no cofre do
seu tesouro. Ele curou o pé decepado de um jovem. Ele pregou aos peixes. Ele
defendeu os agricultores diante do terrível Ezzelino da Romano...'
E, assim, passou frei Antônio seus últimos anos,
curando e consolando os outros e tendo, para si, cansaço, doenças e penitência.
Após uma intensa atividade de pregações e confissões de Quaresma em Pádua,
retira-se na tranqüilidade da localidade de Camposampiero.
Mas, em junho de 1231, sente as forças faltarem-lhe
completamente. Pede para voltar a Pádua. Percorre os 20km em carro de boi,
moribundo. Em Arcella, às portas da cidade de Pádua, num quartinho humilde do convento das Irmãs Clarissas
Franciscanas, exala o último suspiro, cantando com voz tênue: "Gloriosa
Senhora - sobre as estrelas exaltada - alimentaste em teu seio Aquele que te
criou". Olhando um ponto fixo, consegue ainda exclamar: "Estou
vendo o meu Senhor". E morre. Não chegara aos 40 anos. Onze meses
depois, em 30 de maio de 1232, na catedral de Espoleto, Itália, foi proclamado
Santo pelo papa Gregório IX.
Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio de Lisboa,
Santo Antônio do mundo inteiro!
quarta-feira, 11 de junho de 2014
A ORAÇÃO DO PAI NOSSO CANTADA OU REZADA - Várias versões!
CLIQUE NA VERSÃO ESCOLHIDA E OUÇA, REZANDO JUNTO!
Eduardo Diniz de Lima
Padre Zezinho
Padre Marcelo
https://www.youtube.com/watch?v=RLjU3ymPDg4 - Elizabete Lacerda (Pe Marcelo Rossi)
Ministério de Intercessão Cristo Vive
Cid Moreira
Cantor Desconhecido
Eduardo Diniz de Lima
Padre Zezinho
Padre Marcelo
https://www.youtube.com/watch?v=RLjU3ymPDg4 - Elizabete Lacerda (Pe Marcelo Rossi)
Ministério de Intercessão Cristo Vive
Cid Moreira
Cantor Desconhecido
FÉ E POLÍTICA. SOMOS MUITO CRÍTICOS DE CERTAS FORMAS DE GOVERNO OU SISTEMAS
SAIBA MAIS!
A Igreja Católica tem criticado, e até condenado, formas de governo ou sistemas que apresentem situações inequívocas de injustiça, de desrespeito dos direitos humanos essenciais e de limitação da liberdade das pessoas, mesmo naqueles casos em que os governantes se dizem cristãos.
Opôs-se a sistemas políticos totalitários e/ou autoritários, como o fascismo, o nazismo, o comunismo e aqueles fundados nas doutrinas de segurança nacional, bem como criticou toda sorte de mau uso do poder, assinalando igualmente para o perigo da anarquia e da demagogia.
O ensino social da Igreja toma equidistância ante qualquer forma de Estado totalitário, autoritário bem como neo-liberal, para propor aquele que respeita e até promove uma experiência mais comunitária, num regime democrático que venha a favorecer a participação de todos.
Frei Nilo Agostini, ofm
A Igreja Católica tem criticado, e até condenado, formas de governo ou sistemas que apresentem situações inequívocas de injustiça, de desrespeito dos direitos humanos essenciais e de limitação da liberdade das pessoas, mesmo naqueles casos em que os governantes se dizem cristãos.
Opôs-se a sistemas políticos totalitários e/ou autoritários, como o fascismo, o nazismo, o comunismo e aqueles fundados nas doutrinas de segurança nacional, bem como criticou toda sorte de mau uso do poder, assinalando igualmente para o perigo da anarquia e da demagogia.
O ensino social da Igreja toma equidistância ante qualquer forma de Estado totalitário, autoritário bem como neo-liberal, para propor aquele que respeita e até promove uma experiência mais comunitária, num regime democrático que venha a favorecer a participação de todos.
Frei Nilo Agostini, ofm
segunda-feira, 9 de junho de 2014
VIDA PÚBLICA E COMUNIDADE POLÍTICA.
O que nos diz o Catecismo da Igreja Católica?
“Os cidadãos devem, na medida do possível, tomar parte ativa na vida pública” (CIC 2239).
A comunidade política representa a realização mais completa da comunidade humana que possui um bem comum (cf. CIC 1910).
“Os cidadãos devem, na medida do possível, tomar parte ativa na vida pública” (CIC 2239).
A comunidade política representa a realização mais completa da comunidade humana que possui um bem comum (cf. CIC 1910).
sábado, 7 de junho de 2014
CELEBRAMOS PENTECOSTES !
“O sopro recôndito do Espírito divino faz com que o espírito humano, por sua vez, se abra diante de Deus que se abre para ele com desígnio salvífico e santificante. Pelo dom da graça, que vem do Espírito Santo, o homem entra ‘numa vida nova’, é introduzido na realidade sobrenatural da própria vida divina e torna-se ‘habitação do Espírito Santo’, ‘templo vivo de Deus’ (cf. Rm 8,9; 1Cor 6,19). Com efeito, pelo Espírito Santo, o Pai e o Filho vêm a ele e fazem nele a sua morada (cf. Jo 14,23). Na comunhão de graça com a Santíssima Trindade, dilata-se ‘o espaço vital’ do homem, elevado ao nível sobrenatural da vida divina. O homem vive em Deus e de Deus, vive ‘segundo o Espírito’ e ‘ocupa-se das coisas do Espírito’”[1].
1. JOÃO PAULO II, Carta encíclica Dominum et Vivificantem, 6ª edição, São Paulo, Edições Paulinas, 2000, n° 58, p. 100-101.
1. JOÃO PAULO II, Carta encíclica Dominum et Vivificantem, 6ª edição, São Paulo, Edições Paulinas, 2000, n° 58, p. 100-101.
A ORAÇÃO DO PAI NOSSO EM 31 IDIOMAS
Português
|
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Pai Nosso que estais nos Céus,
|
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santificado seja o Vosso Nome,
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venha a nós o Vosso Reino,
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seja feita a Vossa vontade
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assim na terra como no Céu.
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O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
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perdoai-nos as nossas ofensas
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assim como nós perdoamos
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a quem nos tem ofendido,
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e não nos deixeis cair em tentação,
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mas livrai-nos do Mal.
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Africano
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Ons Vader wat in die hemel is,
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laat u Naam geheilig word;
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laat u koninkryk kom;
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laat u wil ook op die aarde geskied,
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net soos in die hemel.
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Gee ons vandag
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ons daaglikse brood;
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en vergeef ons ons oortredings
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soos ons ook dié vergewe
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wat teen ons oortree;
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en laat ons nie in die versoeking kom nie
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maar verlos ons van die Bose.
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Árabe (Deve ser lido da
direita para a esquerda)
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أبانا الذي في السموات،
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ليتقدّس اسمك، ليأتي ملكوتك.
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لتكن مشيئتك، كما في السماء كذلك على
الأرض.
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أعطنا خبزنا كفاف يومنا. واغفر لنا
زنوبنا وخطايانا،
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كما نحن نغفر لمن أخطأ وأساء إلينا. ولا
تُدخلنا في التجارب،
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لكن نجّنا من الشرّير.
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لك الملك، والقوة، والمجد، الى أبد
الآبدين.
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آمين
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Aramaico (Tradução para o
inglês)
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Abbun dbashmayo, netquadash shmokh, titeh malkutock
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nehweh sebyonokh, aykano dbasmayo of baro
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hab lan lahmc dsunquonan yawmono
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washbuq lan hawbayn wahtohayn
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aykano dofhan shbaqn lhayobayn.
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wlo telan lnesyuno, elo fason men bis
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metul dilokhi malkuto
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whaylo wteshbuhto lolan olmin.
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Belga (Bélgica)
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Onze Vader, die in de hemel zijt
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geheiligd zij uw Naam
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uw rijk kome
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uw wil geschiede op aarde als in de hemel.
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Geef ons heden, ons dagelijks brood
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en vergeef ons onze schulden,
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gelijk ook wij vergeven aan onze schuldenaren.
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En leid ons niet in bekoring
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maar verlos ons van het kwade.
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Chinês
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Wo men zai tian shang
de fu
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yuan ren dou zuen ni de ming wei sheng
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Yuan ni
de guo jiang lin
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yuan ni
de zhi yi xing zai di shang,
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ru tong xing zai tian shang
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Wo men ri yong de yin shi,
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jin ri tsi gei wo men
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Mian wo men de zhai,
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ru tong wo men mian le ren de zhai
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Bu jiao wo men yu jian shi tan,
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jiu wo men tuo li xiung er.
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yin wei guo du, chuan bing, rong yao,
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chuan shi ni de, zhi dao yong yuan
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Croata
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Oce nas, koji jesi na nebesima,
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sveti se ime tvoje.
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Budi volja tvoja kako
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i na zemlji tako i na nebu.
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Daj nam danas kruh
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nas svagdasnji i otpusti
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nama duge nase kako
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mi otpustamo duznicima nasim;
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i ne uvedi nas u napast
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nego izbavi nas od zla.
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Tcheco
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Otce nas,
jenz jsi na nebesich,
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posvet
se jmeno tve,
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prijd
kralovstvi tve,
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bud
vule tva jako v nebi, tak i na zemi,
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chleb
nas vezdejsi dejz nam dnes
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a
odpust nam nase viny,
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jakoz i
my odpoustime nasim vinnikum.
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A neuvod nas v pokuseni,
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ale zbav nas vseho zleho,
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nebot tve jest kralovstvi, i moc, i slava, na
veky.
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Dinamarquês
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Vor Fader, du som er i Himlene!
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Helliget vorde dit navn;
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komme dit rige;
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ske din vilje
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på jorden, som den sker i Himmelen;
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giv os i dag vort daglige brød;
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og forlad os vor skyld,
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som også vi forlader vore skyldnere;
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og led os ikke ind i fristelse;
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men fri os fra det onde;
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thi dit er Riget og magten og æren i evighed!
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Alemão
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Onze vader die in de hemel zijt
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Uw naam worde geheiligd.
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Uw rijk kome.
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Uw wil geschiede op aarde zoals in de hemel.
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Geef ons heden ons dagelijks brood.
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En vergeef ons onze schuld,
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zoals wij ook aan anderen hun schuld vergeven.
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En leid ons niet in bekoring,
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maar verlos ons van het kwade.
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Inglês
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Our Father, who art in
heaven,
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Hallowed be thy Name.
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Thy kingdom come.
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Thy will be done,
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On earth as it is in heaven.
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Give us this day our daily bread.
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And forgive us our trespasses,
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As we forgive those who trespass against
us.
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And lead us not into temptation,
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But deliver us from evil.
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Esperanto
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Patro nia, kiu estas en la ĉielo,
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sanktigata estu Via nomo.
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Venu Via regno.
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Fariĝu Via volo,
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kiel en la ĉielo, tiel ankaŭ sur la tero.
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Nian panon ĉiutagan donu al ni hodiaŭ.
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Kaj pardonu al ni niajn ŝuldojn,
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kiel ankaŭ ni pardonas al niaj ŝuldantoj.
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Kaj ne konduku nin en tenton,
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sed liberigu nin de la malbono.
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Finlandês
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Isä meidän, joka olet taivaissa!
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Pyhitetty olkoon sinun nimesi;
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tulkoon sinun valtakuntasi;
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tapahtukoon sinun tahtosi myös
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maan päällä niinkuin taivaassa;
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anna meille tänä päivänä
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meidän jokapäiväinen leipämme;
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ja anna meille meidän velkamme anteeksi,
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niinkuin mekin annamme
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anteeksi meidän velallisillemme;
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äläkä saata meitä kiusaukseen;
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vaan päästä meidät pahasta
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Francês
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Notre Père qui es aux cieux,
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Que ton nom soit sanctifié,
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Que ton règne vienne,
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Que ta volonté soit faite,
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Sur la terre comme au ciel.
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Donne-nous aujourd’hui
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Notre pain de ce jour.
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Pardonne-nous nos offenses,
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Comme nous pardonnons aussi
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À ceux qui nous ont offensés.
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Et ne nous soumets pas à la tentation,
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Mais délivre-nous du mal.
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Gipsy (Ciganos)
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Tată nostru, še ješči pă nour!
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Numilje tov să svăncăšči!
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Vină ăm cara ata!
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Fijă voje ata kum pă nour aša šă pa pămnt!
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Pita nostră dănju astăs,
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šă jărtă nji daturjilje noštri kum
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ša noj jărtănj daturašilor anoštri,
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šă nu nji ănširka ku njimik,
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Numa skoči nji dăm rou!
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Grego
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Pater (h)emon
(h)o en tois ouranois
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(h)agiastheto
to onoma sou
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eltheto
(h)e basileia sou
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genetheto
to thelema sou
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(h)ws in ourano kai epi ges
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Ton arton (h)emon ton epiousion dos (h)emin semeron
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kai
aphes (h)min ta opheilemata (h)mon
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(h)os
kai (h)emeis aphekamen tois opheiletais (h)mon
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kai me
eisenegkes (h)mas eis peirasmon
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alla
(h)rusai (h)mas apo tou ponerou
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Húngaro
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Mi Atyánk, aki a mennyekben vagy,
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szenteltessék meg a Te neved,
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jöjjön el a Te országod,
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legyen meg a Te akaratod
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amint a mennyben, úgy a földön is.
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Mindennapi kenyerünket add meg nekünk ma,
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és bocsásd meg vétkeinket,
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miképpen mi is megbocsátunk az ellenünk vétkezõknek,
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és ne vígy minket kísértésbe,
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de szabadíts meg a gonosztól.
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Indonésio
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Bapa kami yang ada di surga,
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dimuliakanlah nama-Mu,
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datanglah kerajaan-Mu,
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jadilah kehendak-Mu,
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di atas bumi seperti di dalam surga.
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Berilah kami rejeki pada hari ini
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dan ampunilah kesalahan kami,
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seperti kamipun mengampuni
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yang bersalah kepada kami;
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dan janganlah masukkan kami
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Italiano
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Padre nostro, che sei nei cieli,
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sia santificato il tuo nome;
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venga il tuo regno;
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sia fatta la tua volontà,
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come in cielo, così in terra.
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Dacci oggi il nostro pane quotidiano
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e rimetti a noi i nostri debiti,
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come noi li rimettiamo ai nostri debitori,
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e non ci indurre in tentazione,
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ma liberaci dal male.
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Japonês
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Ten ni orareru watashitachi no Chichi yo,
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mi-Na ga sei to saremasu yô ni.
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mi-Kuni ga kimasu yô ni.
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mi-Kokoro ga ten ni okonawareru tôri
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chi ni mo okonawaremasu yô ni.
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Watashitachi no higoto no kate wo
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kyô mo o-atae kudasai.
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Watashitachi no tsumi wo o-yurushi kudasai;
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watashitachi mo hito wo yurushimasu.
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Watashitachi wo yûwaku ni ochi-irasezu,
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aku kara o-sukui kudasai.
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Latim
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Pater Noster, qui es in caelis,
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sanctificetur nomen tuum.
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Adveniat regnum tuum.
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Fiat voluntas tua,
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sicut in caelo, et in terra.
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Panem nostrum quotidianum da nobis hodie.
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Et dimitte nobis debita nostra, sicut
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et nos dimittimus debitoribus nostris.
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Et ne nos inducas in tentationem:
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sed libera nos a malo.
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Maltês
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Mela itolbu hekk:
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'Missierna, li inti fis-smewwiet,
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jitqaddes ismek,
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tigi saltnatek,
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ikun li trid int, kif fis-sema, hekkda
fl-art.
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Hobzna ta' kuljum aghtina llum.
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Ahfrilna dnubietna,
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bhalma nahfru lil min hu hati ghalina.
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U la ddahhalniex fit-tigrib,
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izda ehlisna mid-deni.
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Maori (Nova Zelândia)
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E to matou matua i te rangi kia tapu tou ingoa
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Kia tae
mai tou rangatiratanga
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Kia
meatia tau e pai ai ki runga ki te whenua
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Kia
rite ano ki to rangi
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Homai
ki a matou aianei he taro ma matou mo tenei ra,
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Murua o
matou hara,
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Me
matou hoki e muru nei i o te hunga
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e hara
ana kia matou.
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Aua
hoki matou e kawea kia whakawaia,
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engari
whakaorangia matou i te kino
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Nou
hoki te rangatiratanga
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Te Kaha
me te Kororia
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Ake,
Ake, Ake.
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Norueguês
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Fader vår, du som er i
himmelen!
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Helliget
vorde ditt navn;
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komme ditt rike; skje din vilje,
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som i himmelen, så og på jorden;
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gi oss
i dag vårt daglige brød;
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og forlat oss vår skyld,
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som vi og forlater våre skyldnere;
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og led oss ikke inn i fristelse;
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men fri oss fra det onde.
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For ditt er riket og makten og æren i evighet.
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Polonês
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Ojcze nasz ktorys jest w niebie,
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swiec sie imie Twoje,
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przyjdz krolestwo Twoje,
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badz wola Twoja,
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jako w niebie tak i na ziemi,
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chleba naszego powszedniego daj nam dzisiaj,
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odpusc nam nasze winy jako
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i my odpuszczamy naszym winowajcom
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i nie wodz nasz na pokuszenie
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ale nas zbaw ode zlego.
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Romeno
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Tatăl nostru care eşti în ceruri, sfinţească-se numele tău;
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vie împărăţia ta; facă-se voia ta,
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precum în cer aşa şi pe pământ.
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Pâinea noastră,
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cea de toate zilele,
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|
dă-ne-o nouă astăzi;
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şi ne iartă nouă greşelile noastre,
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|
precum şi noi iertăm greşiţilor noştri;
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şi nu ne duce pe noi în ispită,
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ci ne mântuieşte de cel rău.
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Russo
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Отче наш, сущий на небесах! да святится имя
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Твоё да придёт Царство Твоё; да будет воля
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Твоя и на земле, как на небе;
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хлеб наш насущный дай нам на сей день;
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и прости нам долги наши,
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как и мы прощаем должникам нашим;
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и не введи нас в искушение,
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но избавь нас от лукавого.
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Ибо Твоё есть Царство
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и сила и слава во веки.
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Espanhol
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Padre
nuestro, que estás en el cielo,
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santificado
sea Tu Nombre;
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venga a
nosotros Tu reino;
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hágase
Tu voluntad en la tierra como en el cielo.
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Danos
hoy nuestro pan de cada día;
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perdona
nuestras ofensas,
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|
como
también nosotros perdonamos
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a los
que nos ofenden;
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no nos
dejes caer en la tentación,
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y
líbranos del mal.
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Swahili (Africa)
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Baba yetu uliye mbiguni,
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jina lako lisifiwe
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Ufalma wako ufike
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Mapenzi yako
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yafanyiwe duniani kama mbingui.
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Utupe leo chakula cha kila siku
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Utusamehe mokasa jyetu kama
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tunavyosamake waliotukosea.
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Usituache kushindwa na kishawishi
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Lakini utuopoe katika maovu.
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Sueco
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I skolen alltså bedja
sålunda:
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'F ä der vår, som är i himmelen! Helgat varde ditt namn;
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|
tillkomme ditt rike;
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|
ske din vilja,
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såsom i himmelen så ock på jorden;
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|
vårt dagliga bröd giv oss i dag;
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och förlåt oss våra skulder,
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såsom ock vi förlåta dem oss skyldiga äro;
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|
och inled oss icke i frestelse,
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utan fräls oss ifrån ondo ty riket är ditt
och
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makten och härtligheten i evighet.
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Turco
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Göklerdeki Babamýz,
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adýn
kutsal kýlýnsýn.
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Egemenliðin
gelsin.
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Gökte
olduðu gibi,
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yeryüzünde
de senin istediðin olsun.
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Bugün
bize gündelik ekmeðimizi ver.
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Bize
karþý suç iþleyenleri baðýþladýðýmýz gibi,
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sen de bizim suçlarýmýzý baðýþla.
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Ayartýlmamýza
izin verme.
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|
Kötü
olandan bizi kurtar.
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